quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Notícia da semana: Quadrinhos levados a sério

Com livros em HQ distribuídos pelo governo federal, gênero entra de vez na pauta dos professores

Quando Cristina de Macedo, 47, estava na escola, HQ (história em quadrinhos) era assunto quase proibido.
Hoje, a professora de língua portuguesa do colégio Santa Maria (zona sul de SP) usa nas suas aulas uma adaptação em HQ do livro "A metamorfose", de Franz Kafka, para ensinar seus alunos de 12 e 13 anos o gênero literário dos quadrinhos e, de quebra, apresentar a obra. 
"Os alunos têm fascínio por esse tipo de obra. A aceitação é ótima", diz Macedo.
Mas o caminho que as HQs percorreram das bancas de jornal até as salas de aula não foi assim tão simples. 
Segundo Paulo Ramos, professor de Letras das Unifesp e autor de livros sobre o uso dos quadrinhos em sala de aula, esse tipo de narrativa foi marginalizada por décadas e, embora ainda seja pouco estudado na universidade, tem ganhado espaço nas escolas.
Ramos aponta dois momentos importantes para essa mudança. O primeiro foi a adoção, em 1997, dos PCNs (diretrizes do governo federal para os currículos escolares), que citam os quadrinhos como gênero a ser estudado.
O segundo foi a distribuição de obras em HQs pelo PNBE (Programa Nacional Biblioteca da Escola).
Em 2011, dos 300 livros selecionados para serem entregues em escolas públicas do país, 38 são em HQ ou em imagem. Em 2006, não havia obras do gênero na lista.
O programa do governo federal inclui livros para os ensinos infantil, fundamental e médio. Mas, segundo Waldomiro Vergueiro, coordenador do Observatório de História em Quadrinhos da ECA/USP, essa é uma ferramenta que pode ser usada em qualquer fase do aprendizado.
"A questão é identificar a história adequada para a idade", diz o professor, que cita sua experiência bem sucedida de discutir o autoritarismo por meio das histórias de "Watchmen", de Alan Moore, no meio universitário. 
"Existe uma visão de que quadrinho é coisa de criança. Não é", diz Ramos. 
O professor ressalta que, ao contrário do que se imagina, quadrinhos não são uma forma de narrativa simples. Eles envolvem grande número de códigos de linguagem, misturam palavra e imagem.
O quadrinista André Diniz, que tem HQs usadas por escolas de todo o país, concorda que o tema é complexo.
Diniz conta quem para fazer o roteiro e o desenho de seus livros de cunho histórico, realiza extensa pesquisa sobre o contexto em que seus personagens vão aparecer e tem suporte de especialistas.
"Procuro saber sobre linguagem, roupa. Pesquiso em bibliotecas, internet, viajo".

Clássicos

Com o mercado editorial em polvorosa, muitas adaptações de clássicos da literatura foram publicadas.
Se, por um lado, as HQs são uma forma sedutora de leitura para muitos alunos, por outro, até os mais entusiastas do gênero recomendam que se tenha cuidado.
"Ao transpor um clássico para os quadrinhos, você adapta a história, mas grande parte do valor do livro está na forma como a história foi contada", afirma Diniz.
Para Vergueiro, a experiência de ler um clássico é completamente diferente de ler uma adaptação. "São obras diferentes, de autores diferentes. Nada substitui a leitura do romance."


por Patrícia Gomes
Folha de São Paulo - 25/10/2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dica do funcionário: Marley e eu

A dica do funcionário dessa semana fica por conta da nossa bibliotecária, Josiane Cristina da Silva. Toda semana, ela indica a obra que é resgatada no post "Grandes obras", que o blog publica toda sexta-feira. Mas hoje, Josiane vai indicar um de seus livros preferidos.


"Marley e eu - A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo" - John Grogan
 A história amorosa e inesquecível de uma família em formação e o maravilhoso e neurótico cão que lhes ensinou e o que realmente importa na vida.


John e Jenny tinham acabado de se casar. Eles eram jovens e apaixonados, vivendo em uma pequena e perfeita casa, sem nenhuma preocupação. Jenny queria testar seu talento materno antes de enveredar pelo caminho da gravidez. Ela temia não ter vindo com esse 'dom' no DNA, justamente porque matara uma planta, presente do marido, por excesso de cuidado - afogando-a. Então, eles decidiram ter um mascote. Vão a uma fazenda, escolhem Marley, ao tomar contato com uma ninhada, porque também ficam encantados com a doçura da mãe, Lily; depois têm uma rápida visão do pai, Sammy Boy, um cão rabugento, mal-encarado e bagunceiro. Rezam para que Marley tenha puxado à mãe, porém suas 'preces' não são atendidas. A vida daquela família nunca mais seria a mesma. Marley rapidamente cresceu e se tornou um gigantesco e atrapalhado labrador de 44 kg, um cão como nenhum outro. Ele arrebentava portas por medo de trovões, rompia paredes de compensado, babava nas visitas, apanhava roupas de varais vizinhos e comia praticamente tudo que via pela frente, incluindo tecidos de sofás e jóias. As escolas de adestramento não funcionaram - Marley foi expulso por ter ridicularizado a treinadora. Mas, acima de tudo, o coração de Marley era puro. Marley repartia o contentamento do casal em sua primeira gravidez e sua decepção quando sobreveio o aborto. Ele estava lá quando os bebês finalmente chegaram e quando os gritos de uma adolescente de dezessete anos cortaram a noite ao ser esfaqueada. Marley 'fechou' uma praia pública e conseguiu arranjar um papel num filme de longa-metragem, sempre conquistando corações ao mesmo tempo em que bagunçava a vida de todo mundo. Por todo esse tempo, ele continuou firme, um modelo de devoção, mesmo quando sua família estava quase enlouquecendo. Assim, eles aprenderam que o amor incondicional pode vir de várias maneiras.
Marley e Eu foi atualmente adaptado para o cinema pela Twentieth Century Fox. O filme teve início em 3.480 cinemas do Estados Unidos e do Canadá. Foram estimados US$14,75 milhões em seu primeiro dia de exibição, batendo o recorde de Melhor Natal nas Bilheterias, superando o recorde anterior de US$10,2 milhões obtidos por Ali em 2001.Ganhou um total de US$51,7 milhões em quatro dias e ficou em 1° lugar nas bilheterias, posição que manteve na segunda semana de lançamento. O total de arrecadamento mundial bruto foi de U$244,082,376.
O filme conta com Owen Wilson como John Grogan e Jennifer Aniston como a sua esposa, Jenny.

Teatro de fantoches na biblioteca diverte as crianças


A Biblioteca Municipal "Professor Sebas" promoveu hoje de manhã um evento em comemoração à Semana do Livro. Visando mais uma vez atrair as crianças até a biblioteca, gerando um interesse pela leitura, as escolas de ensino fundamental foram convidadas a prestigiar o teatro de fantoches "Bem-me-quer, mal-me-quer", uma adaptação dos funcionários Maria de Fátima e José Ono Junior. No elenco, estão os atores Carol Gomes, Wagner Beltrame e Euckjaer Caio Loriano, do grupo de teatro da Associação Cultural Quintal das Artes. A peça conta a história de um sapinho esperto que, com seu amigo jacaré, tenta ganhar o coração da macaquinha mais bonita da floresta através da brincadeira do bem-me-quer, mal-me-quer. As crianças se divertiram bastante. Compareceram cerca de 100 crianças das escolas de ensino fundamental e das creches da cidade. Nesta quarta-feira no período da tarde (14 hs) e amanhã, quinta, no período da manhã (9 hs), o evento continua, com mais duas apresentações da peça de teatro, que tem entrada franca para toda população. 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Biblioteca comemora Semana do Livro

Também para comemorar a Semana do Livro, a Biblioteca dá um incentivo a leitura. No painel, que fica na sala de jornais e revistas, há uma exposição de frases e imagens que incentivam a leitura e falam da importância e da magia que há em se ganhar asas a bordo de um livro. 



"A leitura engrandece a alma."
Voltaire

"A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita exatidão."
Francis Bacon

"Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça 
na imaginação!"
Clarice Pacheco

"A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados."
René Descartes

"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde."
André Maurois

Biblioteca promove Teatro de Fantoches

Nesta quarta-feira, dia 27 de outubro, às 9 e às 14 horas, a Biblioteca Municipal "Professor Sebas" sob gestão da Associação Cultural Quintal das Artes, promove um teatro de fantoches, em comemoração à Semana do Livro.
A história foi adaptada pelos funcionários Maria de Fátima e José Ono Junior, que também dirige a peça.
No elenco, estão os atores da Escola de Teatro, Carol Gomes, Eukjaer Caio Loriano e Wagner Beltrame.
A Biblioteca agradece à Paróquia Nossa Senhora Aparecida pelo empréstimo do palco. A apresentação é aberta ao público e tem como público-alvo as crianças do ensino fundamental. 

Leitor da semana: Rogério Benício

O leitor da semana na Biblioteca Municipal "Professor Sebas" é o senhor Rogério Benício de 66 anos. Ele possui a carteirinha da biblioteca há 9 anos e é frequentador assíduo. 
"Eu frequento a biblioteca porque gosto muito de ler. A leitura, além de nos instruir, faz muito bem para o cérebro", diz seu Rogério. Ele adora livros de suspense. É fã de Agatha Christie, a "grande autora" da semana passada, no blog da biblioteca. Seu Rogério também gosta de ler romances.
A sua dica para os internautas que acessam o blog é a seguinte:


"O Bando Terrível" - de Edgar Wallace
Antes de cumprir sua pena de mortre, o falsário Clay Shelton jurou vingança. O inspetor Long riu. Mas, quando estranhos assassinatos começaram a ocorrer, ele se viu diante de algo poderoso e inexplicável que só lhe dava duas terríveis alternativas: elucidar o maior mistério de todos os tempos ou ser sua próxima vítima. 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Grandes autores: Luís Fernando Veríssimo

Luis Fernando Verissimo (Porto Alegre, 26 de setembro de 1936) é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de humor, publicados diariamente em vários jornais brasileiros, Verissimo é também cartunista e tradutor, além de roteirista de televisão, autor de teatro e romancista bissexto. Já foi publicitário e copy desk de jornal. É ainda músico, tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares escritores brasileiros contemporâneos. É filho do também escritor Erico Verissimo.


Nascido e criado em Porto Alegre, Luis Fernando viveu parte de sua infância e adolescência nos Estados Unidos, com a família, em função de compromissos profissionais assumidos por seu pai - professor na Universidade de Berkeley (1943-1945) e diretor cultural da União Pan-americana em Washington (1953-1956). Como consequência disso, cursou parte do primário em San Francisco e Los Angeles, e concluiu o secundário na Roosevelt High School, de Washington.
Aos 14 anos produziu, com a irmã Clarissa e um primo, um jornal periódico com notícias da família, que era pendurado no banheiro de casa e se chamava "O Patentino" (patente é como é conhecida a privada no Rio Grande do Sul).
No período em que viveu em Washington, Veríssimo desenvolveu sua paixão pelo jazz, tendo começado a estudar saxofone e, em frequentes viagens a Nova York, assistido a espetáculos dos maiores músicos da época, inclusive Charlie Parker e Dizzy Gillespie.
De volta a Porto Alegre em 1956, começou a trabalhar no departamento de arte da Editora Globo. A partir de 1960, fez parte do grupo musical Renato e seu Sexteto, que se apresentava profissionalmente em bailes na capital gaúcha, e que era conhecido como "o maior sexteto do mundo", porque tinha 9 integrantes.
Entre 1962 e 1966, viveu no Rio de Janeiro, onde trabalhou como tradutor e redator publicitário, e onde conheceu e casou-se (1963) com a carioca Lúcia Helena Massa, sua companheira até hoje e mãe de seus três filhos (Fernanda, 1964; Mariana, 1967; e Pedro, 1970).
Em 1967, de novo em sua cidade natal, começou a trabalhar no jornal Zero Hora, a princípio como revisor de textos (copy-desk). Em 1969, depois de cobrir as férias do colunista Sérgio Jockymann e poder mostrar a qualidade e agilidade de seu texto, passou a assinar sua própria coluna diária no jornal. Suas primeiras colunas foram sobre futebol, abordando a fundação do Estádio Beira-Rio e os jogos do Internacional, seu clube do coração. No mesmo ano, tornou-se redator da agência de publicidade MPM Propaganda.
Em 1970 transferiu-se para o jornal Folha da Manhã, onde manteve sua coluna diária até 1975, escrevendo sobre esporte, cinema, literatura, música, gastronomia, política e comportamento, sempre com ironia e ideias pessoais, além de pequenos contos de humor que ilustram seus pontos de vista.
Em 1971 criou, com um grupo de amigos da imprensa e da publicidade porto-alegrense, o semanário alternativo O Pato Macho, com textos de humor, cartuns, crônicas e entrevistas, e que vai circular durante todo o ano na cidade.
Em 1973 lançou, pela Editora José Olympio, seu primeiro livro, O Popular, com o subtítulo "crônicas, ou coisa parecida", uma coletânea de textos já veiculados na imprensa, o que seria o formato da grande maioria de suas publicações até hoje. O livro de estreia de Veríssimo recebeu elogios do importante crítico literário Wilson Martins, em O Estado de São Paulo.
Em 1975, voltou ao jornal Zero Hora, onde permanece até hoje, e passou a escrever semanalmente também no Jornal do Brasil, tornando-se nacionalmente conhecido. Publicou seu segundo livro de crônicas, A Grande Mulher Nua e começou a desenhar a série "As Cobras", que no mesmo ano já rendeu uma primeira publicação de cartuns.
Em 1979, publicou seu quinto livro de crônicas, "Ed Mort e Outras Histórias", o primeiro pela Editora L&PM, com a qual trabalharia durante 20 anos. O título do livro refere-se àquele que viria a ser um dos mais populares personagens de Luís Fernando Veríssimo. Uma sátira dos policiais noir, imortalizados pela literatura de Raymond Chandler e Dashiell Hammett e por filmes interpretados por Humphrey Bogart, Ed Mort é um detetive particular carioca, de língua afiada, coração mole e sem um tostão no bolso, que passou a protagonizar uma tira de quadrinhos desenhada por Miguel Paiva e publicada em centenas de jornais diários, gerou uma série de cinco álbuns de quadrinhos (1985-1990) e ainda um filme comn Paulo Betti no papel-título.
Entre 1980 e 1981, Veríssimo viveu com a família por 6 meses em Nova York, o que mais tarde renderia o livro "Traçando Nova York", primeiro de uma série de seis livros de viagem escritos em parceira com o ilustrador Joaquim da Fonseca e publicados pela Editora Artes e Ofícios.


Em 1981, o livro "O Analista de Bagé", lançado na Feira do Livro de Porto Alegre, esgotou sua primeira edição em dois dias, tornando-se fenômeno de vendas em todo o país. O personagem, criado (mas não aproveitado) para um programa humorístico de televisão com Jô Soares, é um psicanalista de formação freudiana ortodoxa, mas com o sotaque, o linguajar e os costumes típicos da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e a Argentina. A contradição entre a sofisticação da psicanálise e a "grossura" caricatural do gaúcho da fronteira gerou situações engraçadíssimas, que Veríssimo soube explorar com talento em dois livros de contos, um de quadrinhos (com desenhos de Edgar Vasques) e uma antologia.
Em 1982 passou a publicar uma página semanal de humor na revista Veja, que manteria até 1989.
Em 1983, em seu décimo volume de crônicas inéditas, lançou um novo personagem que também faria grande sucesso, a Velhinha de Taubaté, definida como "a única pessoa que ainda acredita no governo". O ingênuo personagem, que dera a seu gato de estimação o nome do porta-voz do Presidente-General Figueiredo, marcava a decadência do governo militar brasileiro, que já estava quase completando 20 anos. Mas, anos depois, em plena democracia, Veríssimo faria reviver a Velhinha de Taubaté, ironizando a credibilidade dos presidentes civis, especialmente Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.
Em toda a década de 1980, Veríssimo consolidou-se como um fenômeno de popularidade raro entre escritores brasileiros, mantendo colunas semanais em vários jornais e lançando pelo menos um livro por ano, sempre nas listas dos mais vendidos, além de escrever para programas de humor da TV Globo.
Em 1986, morou seis meses com a família em Roma, e cobriu a Copa do Mundo para a revista Playboy. Em 1988, sob encomenda da MPM Propaganda, escreveu seu primeiro romance, O Jardim do Diabo.
Em 1989, começou a escrever uma página dominical para o jornal O Estado de São Paulo, mantida até hoje, e para a qual criou o grupo de personagens da Família Brasil. No mesmo ano, estreou no Rio de Janeiro seu primeiro texto escrito especialmente para teatro, "Brasileiras e Brasileiros". E ainda recebeu o Prêmio Direitos Humanos da OAB.
Em 1990, passou 10 meses com a família em Paris e cobriu a Copa da Itália para os jornais Zero Hora, Jornal do Brasil e O Estado de São Paulo, o que voltaria a fazer em 1994, 1998, 2002 e 2006,
Em 1991 publicou uma antologia de crônicas para crianças ("O Santinho", com ilustrações de Edgar Vasques) e outra para adolescentes ("Pai não Entende Nada").
Em 1994, a antologia de contos de humor "Comédias da Vida Privada" foi lançada com grande sucesso, vindo a tornar-se um especial da TV Globo (1994) e depois uma série de 21 programas (1995-1997), com roteiros de Jorge Furtado e direção de Guel Arraes. Veríssimo publicaria ainda uma nova antologia de contos, "Novas Comédias da Vida Privada" (1996) e, por contraste, uma série de crônicas políticas até então inéditas em livro, "Comédias da Vida Pública" (1995).
Em 1995, intelectuais brasileiros convidados pelo caderno "Ideias" do Jornal do Brasil elegeram Luis Fernando Veríssimo o Homem de Ideias do ano. A esta seguiram-se outras homenagens: em 1996, "Medalha de Resistência Chico Mendes" da ONG Tortura Nunca Mais, "Medalha do Mérito Pedro Ernesto" da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e "Prêmio Formador de Opinião" da Associação Brasileira de Empresas de Relações Públicas; culminando, em 1997, com o "Prêmio Juca Pato", da União Brasileira de Escritores como o Intelectual do ano. Em 1999, recebeu ainda o Prêmio Multicultural Estadão.
Ainda em 1995, por iniciativa do contrabaixista Jorge Gerhardt, foi criado o grupo Jazz 6, este certamente "o menor sexteto do mundo", com apenas 5 integrantes: além de Verissimo no sax e Gerhardt no contrabaixo, fazem parte do grupo Luiz Fernando Rocha (trompete e flugelhorn), Adão Pinheiro (piano) e Gilberto Lima (bateria).
Sendo Gerhardt, Rocha, Pinheiro e Lima "músicos em tempo integral", o grupo depende da agenda de Veríssimo para se apresentar, mas já tem 13 anos de estrada e 4 CDs lançados: "Agora é a Hora" (1997), "Speak Low" (2000), "A Bossa do Jazz" (2003) e "Four" (2006).


Em 1999, Veríssimo deixou de desenhar as tiras de As Cobras e mudou de editora, trocando a L&PM pela Objetiva, que passou a republicar toda a sua obra. Uma destas antologias, "As Mentiras que os Homens Contam" (2000), já vendeu mais de 350 mil exemplares.
Em 2003, resolveu reduzir seu volume de trabalho na imprensa, passando de seis para apenas duas colunas semanais, agora publicadas em Zero Hora, O Globo e O Estado de São Paulo.
A partir de solicitações geradas pelas editoras, Veríssimo deixou de ser o "grande escritor de textos curtos" e emendou uma série de novelas e romances: "Gula - O Clube dos Anjos" (1998) coleção "Plenos Pecados" da Objetiva; "Borges e os Orangotangos Eternos" (2000), para a coleção "Literatura ou Morte" da Cia das Letras; "O Opositor" (2004) para a coleção "Cinco Dedos de Prosa" da Objetiva; "A Décima Segunda Noite" (2006), para a coleção "Devorando Shakespeare" da Objetiva; e ainda "Sport Club Internacional, Autobiografia de uma Paixão" (2004), para a coleção "Camisa 13" da Ediouro.
Em 2003, uma reportagem de capa da revista Veja destacou Veríssimo como "o escritor que mais vende livros no Brasil". Ao mesmo tempo, a versão em inglês de "Clube dos Anjos" ("The Club of Angels") é escolhida pela New York Public Library como um dos 25 melhores livros do ano.
Em 2004, na França, recebeu o Prix Deux Oceans do Festival de Culturas Latinas de Biarritz.
Em 2006, Veríssimo chegou aos 70 anos de idade consagrado como um dos maiores escritores brasileiros contemporâneos, tendo vendido ao todo mais de 5 milhões de exemplares de seus livros. Em 2008, sua filha Fernanda deu-lhe a primeira neta, Lucinda, nascida no dia do aniversário do Sport Club Internacional, 4 de abril.


Livros de Luís Fernando Veríssimo disponíveis na biblioteca para empréstimo:
- A eterna privação do zagueiro absoluto
- Aquele estranho dia que nunca chega
- As mentiras que os homens contam
- A mulher do Silva
- A velhinha de Taubaté
- O analista de Bagé
- O marido do Dr. Pompeu
- Outras do analista do Bagé
- Pai não entende nada
- Zoeira
- O opositor
- O nariz e outras crônicas
- A mãe do Freud
- O Santinho
- O mundo é bárbaro e o que nós temos a ver com isso
- Histórias de amor
- O arteiro e o tempo

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Biblioteca promove evento sobre biodiversidade

Aproveitando as comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade, decretado pela UNESCO, a Biblioteca Municipal “Professor Sebas”, sob gestão da Associação Cultural Quintal das Artes, promoveu um evento sobre o assunto.
Quarenta e dois alunos da Casa da Criança participaram desta promoção no dia 15 de Outubro, onde assistiram a um vídeo-palestra sobre o tema.
Instruídos pelos funcionários da Biblioteca, os alunos também realizaram pesquisa sobre o meio-ambiente e sobre a biodiversidade.
Ao final do evento assistiram vídeos da Turma da Mônica e ganharam gibis de presente.
Nas próximas semanas a Biblioteca “Professor Sebas” realiza outras promoções, como Teatro de Fantoches, para comemorar o Dia do Livro.

Grandes obras: O Perfume

"O Perfume" é um romance do escritor alemão Patrick Süskind, publicado pela primeira vez em 1985. Foram vendidos 15 milhões de exemplares em quarenta línguas. O título original alemão é "Das Parfum, die Geschichte eines Mörders" (tradução literal em português, O Perfume, História de um Assassino).
Foi considerado o livro da década de 1980 na Alemanha
Inspirado nas teorias de Sigmund Freud. O livro conta a história de um homem que possui um olfato extraordinariamente apurado mas não possui cheiro próprio.
A história situa-se no século XVIII, em Paris, depois em Auvergne, em Montpellier, em Grasse e finalmente retorna a Paris. O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasceu no meio de tripas de peixe atrás de uma banca, onde a mãe, que algumas semanas depois foi executada por infanticídios, vendia peixe. Grenouille possui duas características excepcionais:
ele não tem cheiro nenhum, o que assusta sua ama e as crianças com quem ele vive no orfanato, mas que permite que ele passe totalmente despercebido. Durante a história, essa ausência de odor, de que ele se dá conta somente bem mais tarde, será compensada pela criação de perfumes mais ou menos atraentes, que Grenouille utiliza de acordo com as circunstâncias a fim de ser notado pelos outros.
ele tem um olfato extremamente desenvolvido, o que lhe permite reconhecer os odores mais imperceptíveis. Conseguia cheirá–los por mais longe que estivessem e armazenava–os todos em sua memória, também excepcional para relembrar aromas. Esse olfato é sua única fonte de alegria, que ele aproveita para confeccionar, sem a mínima experiência, perfumes de qualidade excepcional.
Durante a sua vida teve vários acidentes e doenças, trabalhou como aprendiz de curtidor de peles e depois como aprendiz de perfumista e, graças às suas características, enquanto foi aprendiz de perfumista aprendeu várias técnicas para a criação de um perfume.
Grenouille um dia encontra uma jovem, com um perfume totalmente diferente de todos os outros milhares de perfumes que ele guardava na memória, e acabará por matá-la, com as suas próprias mãos, de tanto desejar apoderar-se do seu odor. Mas, esta jovem é apenas uma das muitas jovens que o protagonista acaba por matar (26 no total), em busca do perfume perfeito.
No final da história, Grenouille volta a Paris e é partido aos bocados e comido por pessoas devido ao efeito do perfume que tinha posto: um final trágico para o protagonista.
A ação divide-se entre o mundo dos perfumes, traduzido pelo título "O Perfume", que servem para encobrir o mundo dos fedores, dos crimes e da hipocrisia que caracterizam a cidade de Paris no século XVIII.
O livro, até pouco tempo considerado inadaptável para a linguagem cinematográfica, foi transformado em filme no ano de 2006 pelo diretor alemão Tom Tykwer (Corra, Lola, Corra). Süskind negociou os direitos de filmagem com o produtor, também alemão, Bernd Eichinger (A Queda, A Casa dos Espíritos). O filme contou com um elenco de celebridades, tais como Dustin Hoffman e Alan Rickman. O personagem central da história foi interpretado pelo jovem Ben Whishaw. O orçamento da produção extrapolou o valor de 50 milhões de euros, segundo informações contidas no site da Deutsche Welle.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Notícia da semana: Internet vira aliada para o Enem

Dificuldade é filtrar o que de bom há no material disponível na web


A geração que cresceu tendo a internet como companheira está, aos poucos, descobrindo que a rede pode ser uma aliada nos estudos. Os portais de internet, blogs, YouTube, Facebook, Twitter e jogos on line têm virado parceiros de professor e aluno na preparação para o Enem e demais vestibulares.
"É um casamento ótimo. A leitura na internet gera uma infinidade de links, de conexões. Você pode ler diferentes opiniões, ver vídeos", diz o especialista em Educação e professor do colégio Arquidiocesano, José Everaldo Nogueira Júnior.
Ao se colocar a palavra-chave "Enem" em uma busca simples no Google, sã achados 5.990.900 resultados.
Com um pouco de paciência, é possível encontrar instrumentos que auxiliem no estudo. No entanto, a maioria desse material está dispersa e nem sempre o estudante consegue filtrar o que realmente pode ajudar.
"Essa foi uma de nossas ideias. Centralizar e produzir material de qualidade para o ensino a distância, voltado para o Enem", afirma Luiz Regina Alves, desenvolvedora do EuNoEnem
Com 15 mil alunos cadastrados, o site traz aulas on line, simulados, vídeos educativos no YouTube, conteúdo em mp3, dicas de redação e um blog sobre atualidades. 
Twitter e Facebook são usados para alertar sobre novas postagens no site. 
"Pelo perfil dos estudantes, [que têm] entre 16 e 17 anos, sabíamos que a internet seria um parceiro natural nos estudos", diz Alves.
Com proposta semelhante, o site O Povo no Enem  traz conteúdo focado no Enem. Desenvolvido pela Fundação Demócrito Rocha, de Fortaleza, o site nasceu para divulgar material didático.
Com a internet, porém, foi possível agregar conteúdos, com vídeo e aulas em formato de rádio, que podem parar no aparelho mp3 dos alunos. 
Na mesma linha, estão os sites Mande Bem no Enem, Por Dentro do Enem, Enem Dicas  e Portal Enem.
Para Jucimara Roesler, diretora da Unisul Virtual, universidade catarinense com mais de 15 mil alunos matriculados no ensino a distância, a internet e as mídias sociais são pouco exploradas em suas possibilidades.
Para ela, pode-se usar o twitter para treinar redação, o Facebook e o Orkut para discutir questões sociais contemporâneas. "As possibilidades são várias essa geração está conectada. É preciso haver orientação do professor para usar esse potencial."


YouTube é a ferramenta mais usada

A principal ferramenta de internet utilizada pelos vestibulandos na preparação para o Enem e para os vestibulares é o YouTube
Um passeio pelo principal canal de vídeos da internet mostra dezenas de aulas. Uma boa dica para os alunos é recorrer às aulas postadas por cursinhos tradicionais.
Um possibilidade é o espaço de aulas que  Curso Objetivo tem no portal. O acesso é gratuito para não-alunos do cursinho.
"Os vídeos surgiram de uma necessidade dos alunos, quase uma exigência deles", diz Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do Objetivo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dica do funcionário: O Diário de Anne Frank

A dica do funcionário dessa semana é minha, do José. Trabalho na biblioteca e sou quem atualiza o blog todos os dias. 


Minha dica de livro é "O Diário de Anne Frank".

O Diário de Anne Frank é um livro-diário escrito por Anne Frank entre 12 de junho de 1942 a 1 de agosto de 1944 durante a Segunda Guerra Mundial.
Escondida com sua família e outros judeus em Amsterdam durante a ocupação Nazista na Holanda, Anne Frank com 13 anos de idade conta em seu diário a vida deste grupo de pessoas.
Em 4 de agosto de 1944, agentes da Gestapo detém todos os ocupantes que estavam escondidos em Amsterdam e levam-nos para vários campos de concentração. No mesmo dia da prisão dos pais de Anne, entregam o diário dela para o pai Otto Heinrich Frank. Anne Frank faleceu no campo de concentração Bergen-Belsen no fim de fevereiro de 1945.
Otto foi o único dos escondidos que sobreviveu no campo de concentração. Em 1947 o pai decide publicar o diário, como Anne desejava em vida. O diário está no Instituto Holandês para a Documentação da Guerra. O Fundo Anne Frank (na Suíça) ficou como herdeiro dos direitos da obra de Anne Frank. O pai Otto Heinrich Frank faleceu em 1980.
Na apresentação à primeira edição americana do diário, Eleanor Roosevelt descreveu-o como "um dos maiores e mais sábios comentários da guerra e seu impacto no ser humano que eu jamais lí". O Soviético escritor Ilya Ehrenburg mais tarde disse: "uma voz fala para seis milhões; a voz não de uma sálvia nem um poeta, mas de uma menininha costumeira." Hillary Rodham Clinton, em sua fala para o Elie Wiesel Humanitarian Award em 1994, lê o diário de Anne Frank e o relaciona com acontecimentos contemporâneos como em Sarajevo, Somália e Ruanda.
Depois que receber um prêmio humanitário da Fundação Anne Frank em 1994, Nelson Mandela chamou uma multidão em Johannesburgo, dizendo que ele tinha lido o diário de Anne Frank enquanto estava na prisão e que o "derivou muito estímulo." Sua luta contra o nazismo e o apartheid, explicando o paralelo entre as duas filosofias: "porque estas crenças são patentemente falsas, e porque eram, e sempre serão, desafiados por gente como Anne Frank, eles estão no limite do fracasso."
Publicado originalmente em 1947, "O Diário de Anne Frank" já foi lido por milhões de pessoas em todo o mundo. Esta edição, porém, traz pela primeira vez a íntegra dos escritos de Anne, com todos os trechos e anotações que o pai da menina cortou para lançar a versão conhecida do livro. É comovente descobrir que, no contexto tenebroso do nazismo e da guerra, ela viveu problemas e conflitos de uma adolescente de qualquer tempo e lugar. Neste volume, o leitor acompanha o desabrochar da sexualidade de Anne, surpreende-se com a relação conflituosa que a jovem tinha com a mãe e se emociona com sua admiração sem reservas pelo pai. Anne registrou admiravelmente a catástrofe que foi a Segunda Guerra Mundial. Seu diário está sempre entre os documentos mais duradouros produzidos neste século, mas é também uma narrativa terna e incomparável, que revela a força indestrutível do espírito humano.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Leitor da semana: Rafael Ilhéo Barbosa

O leitor da semana na Biblioteca Municipal "Professor Sebas" é o Rafael Ilhéo Barbosa. Ele tem 13 anos e é sócio da biblioteca desde 2008. Rafael tem um gosto bastante eclético, e lê desde romances, contos, investigativos e de suspense, até os de ciências ocultas e espíritas.
"Frequento a biblioteca para conhecer coisas novas, pesquisar e exercitar minha leitura", diz Rafael. "De fato, quanto mais ler, mais fácil será o entendimento dos textos, poderei ler mais rápido e me informar de vários assuntos, além de haver uma melhora na minha ortografia".Abaixo, alguns dos livros preferidos do Rafael, que ele indica para os leitores do blog da Biblioteca:

O Menino do Pijama Listrado - John Boyne
Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os Judeus. Também não faz idéia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. "O Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.


Flávia de Luce e o mistério da torta - Alan Bradley
Flavia de Luce é uma garota de 11 anos, que vive numa belíssima mansão em estilo vitoriano, na Inglaterra da década de 50, com sua excêntrica família. Após a morte misteriosa de sua mãe, ela encontra diversão em um antigo laboratório de química construído por seus antepassados. Logo, ela se torna uma especialista em venenos e uma investigadora dos estranhos crimes que acontecem ao seu redor.
Anjos e Demônios - Dan Brown
Antes de decifrar "O Código Da Vinci", Robert Langdon, o famoso professor de simbologia de Harvard, vive sua primeira aventura em "Anjos e Demônios", quando tenta impedir que uma antiga sociedade secreta destrua a Cidade do Vaticano. Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Langdon é chamado às pressas para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado em um grande centro de pesquisas na Suíça. Ele descobre indícios de algo inimaginável: a assinatura macabra no corpo da vítima - um ambigrama que pode ser lido tanto de cabeça para cima quanto de cabeça para baixo - é dos Illuminati, uma poderosa fraternidade considerada extinta há quatrocentos anos. A antiga sociedade ressurgiu disposta a levar a cabo a lendária vingança contra a Igreja Católica, seu inimigo mais odiado. De posse de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal. Correndo contra o tempo, Langdon voa para Roma junto com Vittoria Vetra, uma bela cientista italiana. Numa caçada frenética por criptas, igrejas e catedrais, os dois desvendam enigmas e seguem uma trilha que pode levar ao covil dos Illuminati - um refúgio secreto onde está a única esperança de salvação da Igreja nesta guerra entre ciência e religião. Em "Anjos e Demônios", Dan Brown demonstra novamente sua extraordinária habilidade de entremear suspense com fascinantes informações sobre ciência, religião e história da arte, despertando a curiosidade dos leitores para os significados ocultos deixados em monumentos e documentos históricos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Novo livro, "Fade", disponível na biblioteca para empréstimo

Em Fade, a segunda parte da trilogia Wake, a vida real para Janie e Cabel está se tornando mais difícil do que os sonhos. Eles estão tentando (em segredo) passar um tempo juntos, mas ainda não tiveram esta sorte. 
Coisas perturbadoras estão acontecendo em Fieldridge High, mas ninguém quer falar a respeito. Quando Janie penetra os pesadelos violentos de um colega de classe, o caso finalmente se torna claro, mas nada sai como o planejado.
A cabeça confusa de Janie e o comportamento chocante de Cabe têm graves consequências para ambos. 
Pior, Janie descobre a verdade sobre si mesma e sua habilidade. E é desolador. Não só o seu destino está selado, como o que está por vir é muito mais sombrio do que seu pior pesadelo...
O livro está disponível a partir de hoje na biblioteca para empréstimo.

Grandes autores: Agatha Christie

Agatha May Clarissa Mallowan, mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Seus livros são dos mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare, com mais de 4 bilhões de cópias vendidas em diversas línguas.
Conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, dentre outros títulos, criou os famosos personagens Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne, entre outros.
Nascida em 15 de Setembro de 1890, Agatha foi pioneira ao fazer com que os desfechos de seus livros fossem extremamente impressionantes e inesperados, sendo praticamente impossível ao leitor descobrir quem é o assassino.
Agatha Christie passou a infância e a adolescência num ambiente quase recluso, pois sua mãe se encarregou de dar-lhe formação cultural, proibindo-a de freqüentar escolas públicas. Tinha trinta anos quando conseguiu publicar seu livro de estréia, O misterioso caso de Styles (1921).
Casou-se pela primeira vez em 1914, com o Coronel Archibald Christie, piloto do Corpo Real de Aviadores. O casal teve uma filha, Rosalind, e divorciou-se em 1928.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Agatha trabalhou em um hospital e em uma farmácia, funções que influenciaram seu trabalho: muitos dos assassinatos em seus livros foram cometidos com o uso de veneno.
Em 1926, Agatha Christie escreveu a sua obra-prima: O Assassinato de Roger Ackroyd. Este foi o primeiro dos seus livros a ser publicado pela editora Collins, e marcou o início de um relacionamento autor-editor que durou 50 anos e 70 livros. O Assassinato de Roger Ackroyd também foi o primeiro dos livros de Agatha Christie a ser dramatizado – sob o nome de Álibi – e a fazer sucesso no West End de Londres. A Ratoeira, a sua peça mais famosa, estreou em 1952 e é a peça de maior duração em cartaz da história. Ainda é encenada, no mesmo teatro de Londres, desde então.

Também em 1926, seu marido Archie revela que está apaixonado por outra mulher, Nancy Neele, e quer o divórcio. Em 8 de dezembro de 1926, o casal tem uma briga e Archie deixa sua casa Styles em Sunningdale, Berkshire, para passar o fim de semana com sua amante em Godalming, Surrey. Na mesma noite, Agatha desaparece de sua casa deixando uma carta em sua secretária dizendo que está indo para Yorkshire. Seu desaparecimento causa clamor no público, muitos deles, admiradores de sua novelas. Apesar dos esforços para encontrá-la, ela ficou desaparecida por 11 dias. Em 19 de dezembro de 1926, Agatha foi identificada como hóspede do Swan Hydropathic Hotel em Harrogate, Yorkshire, onde estava registrada sob o nome Teresa Neele, de Cape Town. Agatha não deu nenhuma explicação para o seu desaparecimento. Contudo dois médicos a diagnosticaram que ela sofria de fuga psicogênica, opinião que permanece dividida como a causa para o seu desaparecimento. Uma sugestão é que ela sofria de esgotamento nervoso, causado por uma propensão natural para a depressão, exarcebado pela morte de sua mãe, e pela infidelidade de seu marido. A reação pública ao desaparecimento foi muito negativa, com muitos acreditando ser um golpe publicitário, e outros especulando que ela tentava fazer a polícia acreditar que seu marido a matara.
Em 1930, casou-se com o arqueólogo Sir Max Mallowan. Mallowan era 14 anos mais jovem que a escritora, e suas viagens juntos contribuíram com material para vários de seus romances situados no Oriente Médio. O casamento duraria até a morte da escritora.

Em 1971 ela recebeu o título de Dama da Ordem do Império Britânico.
A única filha da autora, Rosalind Hicks, morreu em 28 de outubro de 2004, com 85 anos, de causas naturais. Os direitos sobre sua obra pertencem agora a seu neto, Mathew Prichard.
Agatha Christie criou dois personagens inesquecíveis: o detetive belga Hercule Poirot, com suas prodigiosas celulazinhas cinzentas no cérebro, e Miss Marple, uma solteirona simpática, observadora sagaz e tão cerebral quanto o detetive belga. Antes de morrer, em 12 de janeiro de 1976, cuidou também de preparar a despedida de Miss Marple; e voltou a mansão Styles, cenário de seu primeiro livro, para encerrar a carreira de Poirot em Cai o pano, publicado um pouco antes da sua morte. Agatha disse, quando publicou a história, que preferia matar o seu personagem mais famoso para evitar publicações que ela não aprovaria, após a sua morte. Tanto "Cai o Pano" como "Um Crime Adormecido", o último livro da personagem Miss Marple, haviam sido escritos na década de 1940, devido à preocupação da autora em não sobreviver à Segunda Guerra Mundial - e também como uma forma de assegurar uma adicional fonte de renda para seu marido e sua filha, a quem ela legou os direitos sobre as obras - e ficaram guardados durante décadas no cofre de um banco.
Um dos seus livros mais famosos, O Caso dos Dez Negrinhos (no original em inglês, Ten Little Niggers) - cujo título se baseia numa cantiga infantil tradicional de Inglaterra - causou muita polémica na época em que foi publicado nos Estados Unidos devido a preocupações com acusações de racismo; por esse motivo, edições mais recentes receberam o título And Then There Were None (E Não Sobrou Nenhum).

Embora em seus livros autobiográficos não haja quase nenhuma informação sobre o episódio de seu desaparecimento, acredita-se que, em "O Retrato", publicado sob o nome de Mary Westmacott, Agatha conte muito da sua história através da personagem Celia, que pensa em suicídio após ser abandonada pelo marido.
Agatha Christie morreu de causas naturais em 12 de Janeiro de 1976, deixando inconsoláveis milhões de leitores fiéis, e uma fortuna calculada em 20 milhões de dólares.


Livros de Agatha Christie disponíveis na biblioteca para empréstimo:
- O segredo de Shimneys
- Um brinde de cianureto
- Um crime adormecido
- Um gato entre os pombos
- Por que não pediram a Evans
- A testemunha ocular do crime
- Cem gramas de centeio
- Café preto
- Um pressentimento funesto
- Passageiro para Frankfurt
- Depois do funeral
- A ratoeira
- A extravagância do morto
- A aventura do pudim do natal
- A casa do penhasco
- A casa torta
- A maldição no espelho
- A mina de ouro
- A morte do Nilo
- A noite das bruxas
- Assassinato na casa do pastor
- Assassinato no beco
- Assassinato no campo de golfe
- Assassinato no expresso Oriente
- Aventura em Bagdá
- Cai o pano
- Cartas na mesa
- Convite para um homicídio
- Desenterrando o passado
- E no final a morte
- Mistério no Caribe
- Morte na Mesopotâmia
- O assassinato de Roger Acroyd
- O caso dos 10 negrinhos
- O detetive Parker Pyne
- O homem do terno marrom
- O inimigo secreto
- O mistério de Sittaford
- O mistério do trem azul
- O mistério dos sete relógios
- O misterioso caso de Styles
- Os cinco porquinhos
- Os crimes do ABC
- Os elefantes não esquecem
- O retrato
- O veredito
- O portal do destino
- Um acidente e outras histórias
- A mansão Hollow
- Testemunha de acusação
- Morte na praia
- Um destino ignorado
- Tragédia em três atos
- É fácil matar
- Nêmesis
- Intriga em Bagdá
- A terceira moça

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Grandes obras: Frankenstein

Eles o escorraçavam de todos os ambientes como se ele fosse um monstro. Ninguém queria saber de seus sentimentos, nem ligava para o fato de que talvez ele tivesse uma alma. Foi então que ele começou a matar.
Bem, vamos ser justos: ele era mesmo um monstro, mas tinha motivos pra isso. E foram esse motivos que o tornaram o personagem mais importante da literatura de horror.
Mary Shelley (1797-1851) escreveu o livro para participar de um concurso de histórias de terror, realizado na intimidade do castelo de Lord Byron. Mesmo competindo com grandes gênios da literatura universal, acabou redigindo uma das mais impressionantes histórias de terror dos últimos tempos.
Você já descobriu de quem estamos falando?



De Frankenstein, o primeiro clássico da literatura de horror. Continua tão moderno quanto no inacreditável ano em que foi publicado: 1818!
Numa época em que nem se cogitava da existência dos robôs, a jovem inglesa Mary Shelley escreveu esta fascinante história da criação de um ser artificial - e das apavorantes consequências para o homem que o construiu. De certa forma, Frankenstein foi também o primeiro livro de science-fiction.
Mary tinha 19 anos quando escreveu Frankenstein e 21 quando o livro saiu. Seu personagem, o estudante de química e biologia Victor Frankenstein, também tem 19 anos quando constrói em seu laboratório aquele horrendo ser, que, ao despertar para o mundo, torna-se consciente de que é um monstro, rejeitado por todos. Daí a sua tragédia - e a terrível vingança que ele imporá ao seu criador.
O cinema popularizou Frankenstein, embora nunca tenha feito um filme à altura do livro. E serviu também para disseminar uma série de equívocos. Para começar, Frankenstein não é o monstro, mas o seu criador. O monstro é chamado de "a criatura".
E, como você vai ver, é um comovente personagem, com quem todos nós temos motivos para nos identificar.
Em nível mais profundo, a história conduz à compreensão do ser humano, nos protótipos de um cientista, que ultrapassou os limites de sua consciência, e de um monstro que, trazido à vida em um mundo alienado, luta cada vez mais desesperadamente para fugir da solidão. 

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Notícia da semana: Sites interativos aproximam público de museus e bibliotecas

Internet abriga mostras virtuais 

Aquela exposição incrível não coincidiu com os dias de sua viagem? Quer que seu filho se interesse por arte? Dependendo da instituição em questão, é possível tirar um pouco do atraso on line.
A sofisticação dos websites permite que o internauta experimente certas atrações de maneira vivida. 
É o caso da exportação sobre o poeta irlandês William Butler Yeats (1865-1939) no site da Biblioteca Nacional da Irlanda. O visitante explora as atrações on line como se estivesse em um jogo virtual, caminhando por salas e corredores.
O Museu Nacional do Prado, em Madri, já lançou um canal do Youtube e agora abriga em seu site o PradoMedia, página que reúne o conteúdo multimídia oferecido, de jogos a vídeos sobre exposições passadas e atuais. 
O site do Louvre detalha obras, abriga minisites temáticos para exposições e eventos, e uma curiosa seção com atrações recriadas em 3D.
O site museu Casa de Rembrandt  tem visitas virtuais e jogos com atividades para crianças, como limpar a casa histórica ou ajudar o pintor a começar a pintar.
Já o site do Hermitage , em São Petersburgo, vale até para quem já visitou o museu, dada a quantidade de obras que ele abriga. As visitas virtuais são detalhadas sala a sala - e inclui até a vista de cima do telhado.
Já o site da British Library  oferece exposições on line e mesmo a possibilidade de folhear "livros" - virtuais, é claro. Não perca "Alice's Adventures Under Ground", escrito e ilustrado pelo próprio Lewis Carrol.