Depois de um ano e meio de trabalhos realizados pela Diretoria da Associação Cultural Quintal das Artes, através de convênio assinado com a Prefeitura Municipal; o Museu Histórico “Ernesto Ricciardi” foi inaugurado na última quarta-feira, dia 17, e nesta segunda já está aberto para visitação.
A Associação executou desde a recuperação total do acervo (quadros, documentos, objetos, móveis, entre outros) até a pintura externa, o término das instalações elétricas, a recuperação do piso de madeira, a confecção e aquisição de novos móveis, a colocação de pisos cerâmicos nos jardins e calçadas, a colocação de grades de proteção, instalação de cortinas, restauração dos lustres originais e os trabalhos de paisagismo e jardinagem.
O imóvel, que é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural do município, teve sua pintura interna restaurada pelo artista tambauense Luiz Antonio Dias, reproduzindo fielmente os afrescos originais, datados do início do século passado.
A recuperação dos afrescos foi possível através de convênio assinado com a Secretaria de Estado da Cultura, que também ofereceu a nova iluminação das salas com lâmpadas dicróicas e o sistema de segurança por câmeras.
A Cerâmica Atlas, através do seu Presidente Geraldo José Aloise Ricciardi, doou ao Museu uma plataforma elevatória para Pessoas com Necessidades Especiais.
O Museu Histórico será composto por oito salas temáticas (foto), contando a história do município desde suas origens; apresentando suas características econômicas, fatos políticos e administrativos e personagens; dos imigrantes que formaram a cidade até personalidades como Padre Donizetti Tavares de Lima.
O patrono do Museu terá um espaço próprio, com algumas de suas mais importantes criações, bem como os autores do Hino, Bandeira e Brasão do Município.
Entre os objetos mais curiosos estão a pia batismal da Igreja Matriz, a réplica exata da cadeira onde faleceu Padre Donizetti e o criado-mudo que pertenceu ao Capitão David de Almeida Santos.
Um computador com a história do Município, descrição dos objetos do acervo e informações aos visitantes foi instalado pela Quintal das Artes e estará disponível para consulta. Foi elaborado também um site que estará disponível na internet a partir da inauguração.
A inauguração, que faz parte das comemorações do aniversário da cidade, será aberta a toda a população e haverá música ao vivo com Clayton Reis, a partir das 20 horas.
Acompanhe os principais fatos que culminaram na inauguração de um dos melhores, mais modernos e mais bem equipados museus de nossa região.
- Em 25 de Junho de
- Em anos seguintes, devido ao descaso de alguns e à indiferença geral (com as raras e honrosas exceções de sempre), o espaço foi sendo abandonado em todos os aspectos.
- Em 22 de Março de 2005, três meses após assumir a prefeitura, Antonio Agassi decretou que estavam suspensas, temporariamente, as atividades do Museu. As razões que levaram a isso: as péssimas condições em que se encontrava o local, a deterioração quase total do acervo e o início da busca de recursos para sua recuperação.
- O Setor Municipal de Educação, que até então ocupava a casa número um da Praça Carlos Gomes, passa para a nova sede construída na APA, “liberando” o imóvel já adquirido pela municipalidade.
- Em 15 de Maio de 2007, o então vereador Paulo Rogério Rocco elabora a Indicação nº 91/2007 onde solicita ao Prefeito que o imóvel em questão fique sob responsabilidade do Setor Municipal de Cultural, para a permanente instalação do Museu Histórico, então chamado “Zélia Maria de Carvalho Biela”.
- Em Fevereiro de 2008, José Eli Costa elabora um projeto denominado “Aquilo que a Memória Ama, torna-se Eterno”. Foi a primeira tentativa de renascimento do Museu.
- Antonio Agassi, no dia 15 do mesmo mês, encaminha o referido projeto ao Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, solicitando uma verba de 107 mil reais para a reforma do Museu. Infelizmente, a verba não foi conseguida.
- Em Julho de 2008, Paulo Rogério Rocco elabora um Projeto de Lei no Legislativo que transfere o nome de Zélia Maria de Carvalho Biela – após anuência de seus filhos – para o recém-inaugurado centro de convenções na APA, local mais adequado a receber o nome da grande educadora.
- Em seguida, outro Projeto de Lei, do mesmo autor, denomina a nova “Casa de Cultura e Museu Histórico Ernesto Ricciardi”, uma homenagem a um dos maiores artistas de Tambaú.
- Em 13 de Agosto de
- Em Janeiro de 2009, enquanto responsável pelo Setor de Cultura, Paulo Rogério redimensiona, junto com o José Eli, o projeto enviado ao IPHAN e o encaminha ao Ministério da Cultura, respondendo ao Edital “Mais Museu”, tentando obter verbas para a reforma. Como teoricamente Tambaú já tinha um museu e o edital era para cidades que não possuíam um, não se consegue sucesso no âmbito federal mais uma vez.
- Em Março de 2009, Antonio Agassi, José Eli Costa e Paulo Rogério Rocco viajam a São Paulo, para uma audiência com o então Secretário de Estado da Cultura, João Sayad, levando pessoalmente um pedido de reforma do museu e um novo projeto, agora adequado à esfera estadual.
- Em 02 de Maio de 2009, através do Decreto nº 1.920, Antonio Agassi efetua o tombamento do imóvel que pertenceu à José Gatto. A solicitação havia sido feita por Paulo Rogério no Legislativo, sendo acatada e aprovada pelo CONDEPHAC – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do município.
- Em 28 de Dezembro de 2009 o pedido estadual foi atendido e o convênio, no valor de 61.584 reais, foi assinado. Através de licitação, foi contratada a Construtora Celestino para a execução das obras.
- Em Maio de 2010, a Prefeitura Municipal, em um empreendimento pioneiro e que hoje serve de exemplo em todas as cidades da região, terceiriza para a Associação Cultural Quintal das Artes a gestão do Museu Histórico – bem como da Biblioteca e da Escola de Teatro, além de outras ações da área.
- Agosto de 2011 – É inaugurado pelo Prefeito Antonio Agassi o Museu Histórico “Ernesto Ricciardi”, sob gestão da Associação Cultural Quintal das Artes.
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