A leitora da semana na Biblioteca Municipal "Professor Sebas" é a Roseli de Oliveira, de 24 anos. Ela é sócia da biblioteca há mais de 5 anos e toda semana faz empréstimos de livros e gibis.
" Gosto de ler, ocupar a mente com bons livros. A leitura sempre foi muito importante para mim, desde criança, quando aprendi a ler", diz Roseli, que lê livros de todos os estilos.
Perguntada sobre seus livros favoritos, Roseli recomenda os títulos abaixo para os leitores do blog da biblioteca:
Ria da minha vida antes que eu ria da sua - Evandro A. Daolio
Se você já foi traído ou quis autodesintegrar de vergonha em situações embaraçosas, se amou e foi descartado como roupa velha, se quis largar seu carro no meio de um engarrafamento e voltar para casa a pé, se fez de tudo para ser mandado embora do emprego e não o mandaram de jeito nenhum, este é seu livro ...
Evandro Daolio conta com muito humor e bom senso para nos relatar alguns acontecimentos de sua vida, que, se não vão diverti-lo, ao menos será um alerta para que você não proceda da mesma maneira caso uma situação semelhante venha a lhe acontecer...
O Caso dos Dez Negrinhos - Agatha Christie
Uma trama muito bem escrita, envolvendo 10 pessoas desconhecidas em uma ilha. Dez pessoas são convidadas a irem para uma ilha (Ilha do Negro) passar o final de semana. Todos são desconhecidos um do outro, mas todos tem algo em comum. Eles chegam à casa e se conhecem, cada um vai para o seu quarto e encontra uma cantiga infantil em emoldurados em cima da lareira. Misteriosamente cada pessoa vai morrendo de acordo com cada verso da canção.A ilha não tem ninguém além dos 10. E a cada momento que passa morre uma pessoa de acordo com a cantiga infantil dos 10 Negrinhos. No final morrem todos... Então quem é o assassino??? Uma incógnita fica no ar. Leiam e resolva esse mistério.
O Caçador de Pipas - Kalei Hosseini
O Caçador de Pipas é considerado um dos maiores sucessos da literatura mundial dos últimos tempos. Este romance conta a história da amizade de Amir e Hassan, dois meninos quase da mesma idade, que vivem vidas muito diferentes no Afeganistão da década de 70. Amir é rico e bem-nascido, um pouco covarde, e sempre em busca da aprovação de seu próprio pai. Hassan, que não sabe ler nem escrever, é conhecido por coragem e bondade. Os dois, no entanto, são loucos por histórias antigas de grandes guerreiros, filmes de caubói americanos e pipas. E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 1975, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não enxerga sua redenção. Após desperdiçar a última chance, Amir vai para os Estados Unidos, fugindo da invasão soviética ao Afeganistão, mas vinte anos depois Hassan e a pipa azul o fazem voltar à sua terra natal para acertar contas com o passado.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Grandes autores: Ana Maria Machado
Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos. São 40 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 18 países somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao longo da carreira de escritora também são muitos, tantos que ela já perdeu a conta. Tudo impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de dezembro.
Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de Arte Moderna e fez exposições individuais e coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na Universidade Federal (depois de desistir do curso de Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as palavras, apesar de continuar pintando até hoje.
Afastada profissionalmente da pintura, Ana passou a trabalhar como professora em colégios e faculdades, escreveu artigos para revistas e traduziu textos. Já tinha começado a ditadura, e ela resistia participando de reuniões e manifestações. No final do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana deixou o Brasil e partiu para o exílio. A situação política se mostrou insustentável.
Na bagagem para a Europa, levava cópias de algumas histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista Recreio. Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres, além de se tornar professora na Sorbonne. Nesse período, ela consegue participar de um seleto grupo de estudantes cujo mestre era Roland Barthes, e termina sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia sob a sua orientação. A tese resultou no livro "Recado do Nome", que trata da obra de Guimarães Rosa. Mesmo ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a Editora Abril.
A volta ao Brasil veio no final de 1972, quando começou a trabalhar no Jornal do Brasil e na Rádio JB - ela foi chefe do setor de Radiojornalismo dessa rádio durante sete anos. Em 76, as histórias antes publicadas em revstas passaram a sair em livros. E Ana ganhou o prêmio João de Barro por ter escrito o livro "História Meio ao Contrário", em 1977. O sucesso foi imenso, gerando muitos livros e prêmios em seguida. Dois anos depois, ela abriu a Livraria Malasartes com a idéia de ser um espaço para as crianças poderem ler e encontrar bons livros.
O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, para que a partir de então Ana pudesse se dedicar ao que mais gosta: escrever seus livros, tantos os voltados para adultos como os infantis. E assim foi feito, e com tamanho sucesso que em 1993 ela se tornou hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Finalmente, a coroação. Em 2000, Ana ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil mundial. E em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe deu o maior prêmio literário nacional, o Machado de Assis, pelo conjunto da obra.
Em 2003, Ana Maria foi eleita para ocupar a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, substituindo o Dr. Evandro Lins e Silva. Pela primeira vez, um autor com uma obra significativa para o público infantil havia sido escolhido para a Academia. A posse aconteceu no dia 29 de agosto de 2003, quando Ana foi recebida pelo acadêmico Tarcísio Padilha e fez uma linda e afetuosa homenagem ao seu antecessor.
Livros de Ana Maria Machado disponíveis na biblioteca para empréstimo:
- A arara e o guraná
- A velhinha maluquete
- A velhinha maluquete ou promessa de bicho e promessa de gente
- Alice e Ulisses
- Amigos secretos
- Avental que o vento leva
- Balas, bombons, caramelos
- Beijos mágicos
- Bem do teu tamanho
- Besouro e prata
- Bisa Bia, Bisa Bel
- Os ratos
- Brasa e a pedreira perdida
- Camilão, o comilão e outras histórias
- Currupaco, Papaco e outras histórias
- Currupaco, papaco
- De olho nas penas
- Do outro lado tem segredos
- Dona Baratinha
- Era uma vez, três...
- Era uma vez um tirano
- Eu era um dragão
- História de jabuti sabido com macaco metido
- Histórias à brasileira: a Moura Torta e outras
- Hoje tem espetáculo
- Hoje tem espetáculo: no país dos prequetés
- Lugar nenhum
- Mandingas da ilha Quilomba
- Mará baixa, maré alta
- Menina bonita do laço de fita
- O barbeiro e o coronel
- O canto da praça
- O elefantinho malcriado
- O menino que espiava pra dentro
- O natal de Manuel
- Palavras, palavrinhas e palavrões
- Ponto a ponto
- Portinholas
- Praga de unicórnio
- Raul da ferrugem azul
- Severino faz chover e outras histórias
- Uma boa cantoria
- Uma vontade louca
Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de Arte Moderna e fez exposições individuais e coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na Universidade Federal (depois de desistir do curso de Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as palavras, apesar de continuar pintando até hoje.
Afastada profissionalmente da pintura, Ana passou a trabalhar como professora em colégios e faculdades, escreveu artigos para revistas e traduziu textos. Já tinha começado a ditadura, e ela resistia participando de reuniões e manifestações. No final do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana deixou o Brasil e partiu para o exílio. A situação política se mostrou insustentável.
Na bagagem para a Europa, levava cópias de algumas histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista Recreio. Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres, além de se tornar professora na Sorbonne. Nesse período, ela consegue participar de um seleto grupo de estudantes cujo mestre era Roland Barthes, e termina sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia sob a sua orientação. A tese resultou no livro "Recado do Nome", que trata da obra de Guimarães Rosa. Mesmo ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a Editora Abril.
A volta ao Brasil veio no final de 1972, quando começou a trabalhar no Jornal do Brasil e na Rádio JB - ela foi chefe do setor de Radiojornalismo dessa rádio durante sete anos. Em 76, as histórias antes publicadas em revstas passaram a sair em livros. E Ana ganhou o prêmio João de Barro por ter escrito o livro "História Meio ao Contrário", em 1977. O sucesso foi imenso, gerando muitos livros e prêmios em seguida. Dois anos depois, ela abriu a Livraria Malasartes com a idéia de ser um espaço para as crianças poderem ler e encontrar bons livros.
O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, para que a partir de então Ana pudesse se dedicar ao que mais gosta: escrever seus livros, tantos os voltados para adultos como os infantis. E assim foi feito, e com tamanho sucesso que em 1993 ela se tornou hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Finalmente, a coroação. Em 2000, Ana ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil mundial. E em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe deu o maior prêmio literário nacional, o Machado de Assis, pelo conjunto da obra.
Em 2003, Ana Maria foi eleita para ocupar a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, substituindo o Dr. Evandro Lins e Silva. Pela primeira vez, um autor com uma obra significativa para o público infantil havia sido escolhido para a Academia. A posse aconteceu no dia 29 de agosto de 2003, quando Ana foi recebida pelo acadêmico Tarcísio Padilha e fez uma linda e afetuosa homenagem ao seu antecessor.
Livros de Ana Maria Machado disponíveis na biblioteca para empréstimo:
- A arara e o guraná
- A velhinha maluquete
- A velhinha maluquete ou promessa de bicho e promessa de gente
- Alice e Ulisses
- Amigos secretos
- Avental que o vento leva
- Balas, bombons, caramelos
- Beijos mágicos
- Bem do teu tamanho
- Besouro e prata
- Bisa Bia, Bisa Bel
- Os ratos
- Brasa e a pedreira perdida
- Camilão, o comilão e outras histórias
- Currupaco, Papaco e outras histórias
- Currupaco, papaco
- De olho nas penas
- Do outro lado tem segredos
- Dona Baratinha
- Era uma vez, três...
- Era uma vez um tirano
- Eu era um dragão
- História de jabuti sabido com macaco metido
- Histórias à brasileira: a Moura Torta e outras
- Hoje tem espetáculo
- Hoje tem espetáculo: no país dos prequetés
- Lugar nenhum
- Mandingas da ilha Quilomba
- Mará baixa, maré alta
- Menina bonita do laço de fita
- O barbeiro e o coronel
- O canto da praça
- O elefantinho malcriado
- O menino que espiava pra dentro
- O natal de Manuel
- Palavras, palavrinhas e palavrões
- Ponto a ponto
- Portinholas
- Praga de unicórnio
- Raul da ferrugem azul
- Severino faz chover e outras histórias
- Uma boa cantoria
- Uma vontade louca
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Grandes obras: Admirável mundo novo
O "Grandes Obras" de hoje relembra um livro de Aldous Huxley, publicado em 1932, mas que não poderia ser mais atual. O livro é "Admirável Mundo Novo". O personagem Bernard Marx sente-se insatisfeito com o mundo onde vive, em parte porque é fisicamente diferente dos integrantes da sua casta. Num reduto onde vivem pessoas dentro dos moldes do passado, uma espécie de "reserva histórica" - semelhante às atuais reservas indígenas - onde preservam-se os costumes "selvagens" do passado (que corresponde à época em que o livro foi escrito), Bernard encontra uma mulher oriunda da civilização, Linda, e o filho dela, John. Bernard vê uma possibilidade de conquista de respeito social pela apresentação de John como um exemplar dos selvagens à sociedade civilizada.Para a sociedade civilizada, ter um filho era um ato obsceno e impensável, ter uma crença religiosa era um ato de ignorância e de desrespeito à sociedade. Linda, quando chegada à civilização foi rejeitada pela sociedade.
O livro desenvolve-se a partir do contraponto entre esta hipotética civilização ultra-estruturada (com o fim de obter a felicidade de todos os seus membros, qualquer que seja a sua posição social) e as impressões humanas e sensíveis do "selvagem" John que, visto como algo aberrante, cria um fascínio estranho entre os habitantes do "Admirável Mundo Novo".
Nascidos de proveta, os seres humanos (precondicionados) têm comportamentos (preestabelecidos) e ocupam lugares (predeterminados) na sociedade: os alfas no topo da pirâmide, os épsilons na base. A droga soma é universalmente fornecida, distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. Os conceitos de "pai" e "mãe" são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória - "Cada um pertence a todos"- e a higiene um valor supremo. Não existe paixão nem religião.
Aldous Huxley prevê, neste romance, uma sociedade futura surpreendente e ameaçadora, onde a aspiração de simplificar e estabilizar um mundo novo e o culto à máquina e à racionalização criam uma humanidade que não conhece o esforço nem a dor, mas que também suprime o amor, as emoções, a arte e até mesmo a liberdade.
O livro desenvolve-se a partir do contraponto entre esta hipotética civilização ultra-estruturada (com o fim de obter a felicidade de todos os seus membros, qualquer que seja a sua posição social) e as impressões humanas e sensíveis do "selvagem" John que, visto como algo aberrante, cria um fascínio estranho entre os habitantes do "Admirável Mundo Novo".
Nascidos de proveta, os seres humanos (precondicionados) têm comportamentos (preestabelecidos) e ocupam lugares (predeterminados) na sociedade: os alfas no topo da pirâmide, os épsilons na base. A droga soma é universalmente fornecida, distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. Os conceitos de "pai" e "mãe" são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória - "Cada um pertence a todos"- e a higiene um valor supremo. Não existe paixão nem religião.
Aldous Huxley prevê, neste romance, uma sociedade futura surpreendente e ameaçadora, onde a aspiração de simplificar e estabilizar um mundo novo e o culto à máquina e à racionalização criam uma humanidade que não conhece o esforço nem a dor, mas que também suprime o amor, as emoções, a arte e até mesmo a liberdade.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
"Somos Todos do Jardim da Infância" estreia hoje na SAT
A nova produção da Escola de Teatro da Associação Cultural Quintal das Artes, "Somos Todos do Jardim da Infância" estreia HOJE, na Sociedade Amigos de Tambaú. Haverá apresentações também nos dias 26 e 27.
O texto de Domingos de Oliveira é uma recordação dos tempos de juventude do autor e conta os estudos, os sonhos e as paixões de quatro amigos que estão para prestar vestibular.
Na montagem da Quintal das Artes, produzida por Paulo Rogério Rocco e dirigida por José Ono Júnior, a peça ganhou vários números musicais, com grandes sucessos dos anos 60, período em que se passa a história.
No elenco estão: Carol Gomes, Anísio Neto, Claudia Villas-Boas, Juliano Rodrigues, Isabele Arrighi, Rodrigo Faria, Camila Zanoti, Gabriel Fernandes, Tales Misael, Ane Caroline Fortes e Marco Antonio Nicácio.
As apresentações acontecem na SAT, às 21 horas e tem o apoio da Prefeitura Municipal de Tambaú. Os ingressos, vendidos antecipadamente na biblioteca, e na hora do espetáculo, na bilheteria da SAT, são no valor de 5 reais.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Dica de livro: Eu Mato
A dica de livro dessa semana é do Paulo Rogério Rocco, presidente da Associação Cultural Quintal das Artes. Ele indica o livro "Eu Mato", do autor Giorgio Faletti.
Neste thriller de estreia de Giorgio Faletti, um agente do FBI e um detetive enfrentam um serial killer em Montecarlo, no glamuroso Principado de Mônaco. Trata-se do caso mais angustiante de suas carreiras: capturar o assassino que anuncia seus próximos alvos por meio de enigmas propostos em telefonemas para um programa de rádio, conduzido por um apresentador carismático.
Para confundir a polícia, músicas são utilizadas como pistas dos crimes, cujas doses de barbárie e astúcia abatem e desnorteiam policiais, investigadores e psiquiatras. Os assassinatos, caracterizados pela frase Eu mato escrita com sangue, são marcados por uma violência que não poupa nem mesmo a pele das vítimas.
O primeiro ataque vitima um piloto de Fórmula 1 e a filha de um general norte-americano. À medida que os crimes dominam as manchetes europeias, o assassino faz novas vítimas, entre elas um gênio da informática e um bailarino russo. Tragédias pessoais afetam e conectam os envolvidos nas investigações.
O autor mantém o suspense implacável mesmo depois de revelar a identidade do criminoso, quando é iniciada uma caçada para impedir novos ataques. Ao manipular perfis psicológicos singulares com uma trama surpreendente, Giorgio Faletti conquista o leitor. A versão cinematográfica de Eu Mato já é esperada em uma superprodução internacional.
Neste thriller de estreia de Giorgio Faletti, um agente do FBI e um detetive enfrentam um serial killer em Montecarlo, no glamuroso Principado de Mônaco. Trata-se do caso mais angustiante de suas carreiras: capturar o assassino que anuncia seus próximos alvos por meio de enigmas propostos em telefonemas para um programa de rádio, conduzido por um apresentador carismático.
Para confundir a polícia, músicas são utilizadas como pistas dos crimes, cujas doses de barbárie e astúcia abatem e desnorteiam policiais, investigadores e psiquiatras. Os assassinatos, caracterizados pela frase Eu mato escrita com sangue, são marcados por uma violência que não poupa nem mesmo a pele das vítimas.
O primeiro ataque vitima um piloto de Fórmula 1 e a filha de um general norte-americano. À medida que os crimes dominam as manchetes europeias, o assassino faz novas vítimas, entre elas um gênio da informática e um bailarino russo. Tragédias pessoais afetam e conectam os envolvidos nas investigações.
O autor mantém o suspense implacável mesmo depois de revelar a identidade do criminoso, quando é iniciada uma caçada para impedir novos ataques. Ao manipular perfis psicológicos singulares com uma trama surpreendente, Giorgio Faletti conquista o leitor. A versão cinematográfica de Eu Mato já é esperada em uma superprodução internacional.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Grandes autores: Rachel de Queiroz
Rachel de Queiroz (Fortaleza, 17 de novembro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de novembro de 2003) foi uma tradutora, romancista, escritora, jornalista e importante dramaturga brasileira.
Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa. É considerada por muitos como a maior escritora brasileira.
Rachel era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar.
Em 1917, após uma grande seca, muda-se com seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.
Em 1925 concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou na imprensa no jornal O Ceará, escrevendo crônicas e poemas de caráter modernista sob o pseudônimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro romance, História de um Nome.
Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, tem papel de destaque no desenvolvimento do romance nordestino.
Começa a se interessar em política social em 1928-1929 ao ingressar no que restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do Partido Comunista. Em 1933 começa a ter dissenções com a direção e se aproxima de Lívio Xavier e de seu grupo em São Paulo, indo morar nesta cidade até 1934. Milita então com Aristides Lobo, Plínio Mello, Mário Pedrosa, Lívio Xavier, se filiando ao sindicato dos professores de ensino livre, controlado naquele tempo pelos trotskistas.
Depois, viaja para o norte em 1934, lá permanecendo até 1939. Já escritora consagrada, muda-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda João Miguel (1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de Ouro (1950).
Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista e exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964 apoiou a ditadura militar que se instalou no Brasil.
Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil, foi apresentada em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada em DVD em 2004.
Publicou um volume de memórias em 1998. Transforma a sua "Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do patrimônio natural. Morreu em 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos.
Sua eleição, em 4 de novembro de 1977 para a cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras, causou certo frisson nas feministas de então. Mas a reação da escritora ao movimento foi bastante sóbrio. Numa entrevista, em meio ao grande furor que sua nomeação causou, declarou: Eu não entrei para a Academia por ser mulher. Entrei, porque, independentemente disso, tenho uma obra. Tenho amigos queridos aqui dentro. Quase todos os meus amigos são homens, eu não confio muito nas mulheres. Um verdadeiro choque anafilático no movimento feminista.
Recebida por Adonias Filho, foi a quinta ocupante da cadeira 5, que tem como patrono Bernardo Guimarães.
Livros de Rachel de Queiroz disponíveis na Biblioteca Municipal "Professor Sebas":
- As Três Marias
- Caminho de pedras
- O quinze
- Seleta
- 100 crônicas escolhidas
- João Miguel
- O menino mágico
- Elenco de cronistas modernos
Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa. É considerada por muitos como a maior escritora brasileira.
Rachel era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar.
Em 1917, após uma grande seca, muda-se com seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.
Em 1925 concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou na imprensa no jornal O Ceará, escrevendo crônicas e poemas de caráter modernista sob o pseudônimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro romance, História de um Nome.
Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, tem papel de destaque no desenvolvimento do romance nordestino.
Começa a se interessar em política social em 1928-1929 ao ingressar no que restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do Partido Comunista. Em 1933 começa a ter dissenções com a direção e se aproxima de Lívio Xavier e de seu grupo em São Paulo, indo morar nesta cidade até 1934. Milita então com Aristides Lobo, Plínio Mello, Mário Pedrosa, Lívio Xavier, se filiando ao sindicato dos professores de ensino livre, controlado naquele tempo pelos trotskistas.
Depois, viaja para o norte em 1934, lá permanecendo até 1939. Já escritora consagrada, muda-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda João Miguel (1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de Ouro (1950).
Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista e exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964 apoiou a ditadura militar que se instalou no Brasil.
Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil, foi apresentada em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada em DVD em 2004.
Publicou um volume de memórias em 1998. Transforma a sua "Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do patrimônio natural. Morreu em 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos.
Sua eleição, em 4 de novembro de 1977 para a cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras, causou certo frisson nas feministas de então. Mas a reação da escritora ao movimento foi bastante sóbrio. Numa entrevista, em meio ao grande furor que sua nomeação causou, declarou: Eu não entrei para a Academia por ser mulher. Entrei, porque, independentemente disso, tenho uma obra. Tenho amigos queridos aqui dentro. Quase todos os meus amigos são homens, eu não confio muito nas mulheres. Um verdadeiro choque anafilático no movimento feminista.
Recebida por Adonias Filho, foi a quinta ocupante da cadeira 5, que tem como patrono Bernardo Guimarães.
Livros de Rachel de Queiroz disponíveis na Biblioteca Municipal "Professor Sebas":
- As Três Marias
- Caminho de pedras
- O quinze
- Seleta
- 100 crônicas escolhidas
- João Miguel
- O menino mágico
- Elenco de cronistas modernos
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Grandes obras: Perestroika
Quem indica o livro do “Grandes obras” dessa semana é o Bruno, funcionário da biblioteca. Ele indica “Perestroika: novas idéias para o meu país e o mundo”, de Mikhail Gorbachev.
Um país em busca da eficiência: Gorbachev fala das reformas que mudaram a União Soviética.
Com a perestroika (reestruturação), a União Soviética procurou recuperar o tempo perdido na História. E ela se inseriu num contexto de reformas econômicas e mudanças políticas que tiveram reflexos mundiais. Neste extraordinário e importantíssimo documento, o líder Mikhail Gorbachev expõe suas idéias e diretrizes, no livro de maior vendagem e repercussão dos últimos tempos. E, num novo capítulo sobre a Conferência do Partido Comunista da URSS, realizada em 1988, avalia os rumos da perestroika e as dificuldades para sua implantação, diante das resistências internas na burocracia e na cúpula do poder.
Neste livro, você encontra:
- O conceito de perestroika e suas consequências
- O que aconteceu com os países socialistas
- As antigas esperanças e planos soviéticos para o Terceiro Mundo
- A política do Kremlin com relação à Europa
- O desarmamento nuclear e as relações com Washington
- O que realmente era a perestroika?
- Ela aconteceu de verdade?
- Qual seria o futuro das reformas? Ele aconteceu?
Um país em busca da eficiência: Gorbachev fala das reformas que mudaram a União Soviética.
Com a perestroika (reestruturação), a União Soviética procurou recuperar o tempo perdido na História. E ela se inseriu num contexto de reformas econômicas e mudanças políticas que tiveram reflexos mundiais. Neste extraordinário e importantíssimo documento, o líder Mikhail Gorbachev expõe suas idéias e diretrizes, no livro de maior vendagem e repercussão dos últimos tempos. E, num novo capítulo sobre a Conferência do Partido Comunista da URSS, realizada em 1988, avalia os rumos da perestroika e as dificuldades para sua implantação, diante das resistências internas na burocracia e na cúpula do poder.
Neste livro, você encontra:
- O conceito de perestroika e suas consequências
- O que aconteceu com os países socialistas
- As antigas esperanças e planos soviéticos para o Terceiro Mundo
- A política do Kremlin com relação à Europa
- O desarmamento nuclear e as relações com Washington
- O que realmente era a perestroika?
- Ela aconteceu de verdade?
- Qual seria o futuro das reformas? Ele aconteceu?
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Notícia da semana: Sobrevivente de Auschwitz lança memórias no país
Eva Schloss, 81, que está no Brasil, conheceu Anne Frank, cujo diário se tornou famoso, na adolescência
"A História de Eva" retoma descrição do Holocausto a partir do ponto em que relato da colega terminou
A austríaca Eva Schloss, 81, é uma espécie de meia irmã da alemã Anne Frank, cujos diários escritos durante a Segunda Guerra Mundial, comoveram o mundo.
Ambas de origem judaica, elas se conheceram quando eram adolescentes, na Holanda, já ocupada pelos nazistas. Seus destinos, embora distintos, se entrelaçam.
Anne morreu num campo de concentração em 1945. Eva passou pelo mesmo horror mas sobreviveu para contar a história. Depois da guerra, sua mãe se casou com Otto Frank, pai de Anne, e o casal foi responsável pela publicação e divulgação dos diários da adolescente.
Eva Schloss escreveu, em 1988, o livro "A História de Eva", que está sendo lançado no Brasil pela editora Record.
Sua narrativa continua no ponto em que Anne parou. Ela conta de forma crua sua passagem por Auschwitz, onde perdeu o pai e um irmão, e viu sua mãe escapar por pouco da câmara de gás.
Desde a semana passada, a autora está no país.
Hoje, em São Paulo, visita uma escola pública de Paraisópolis e assiste, no clube Hebraica, a uma leitura da peça "O Diário de Anne Frank", feita por Milton Gonçalves em sua homenagem.
Eva conta que, quando escreveu o livro, já não tinha a mesma descrença na humanidade, mas que jamais conseguiu entender por que pessoas comuns foram capazes de tamanha atrocidade.
Faz questão de tirar o casaco para mostrar a tatuagem no braço, sua identificação no campo de concentração.
"Foi o crime mais horrível já cometido pela humanidade, e as histórias precisam ser lembradas para que nunca mais se repita", diz.
por Marcelo Bortoloti
Folha de São Paulo - 18/11/10
"A História de Eva" retoma descrição do Holocausto a partir do ponto em que relato da colega terminou
A austríaca Eva Schloss, 81, é uma espécie de meia irmã da alemã Anne Frank, cujos diários escritos durante a Segunda Guerra Mundial, comoveram o mundo.
Ambas de origem judaica, elas se conheceram quando eram adolescentes, na Holanda, já ocupada pelos nazistas. Seus destinos, embora distintos, se entrelaçam.
Anne morreu num campo de concentração em 1945. Eva passou pelo mesmo horror mas sobreviveu para contar a história. Depois da guerra, sua mãe se casou com Otto Frank, pai de Anne, e o casal foi responsável pela publicação e divulgação dos diários da adolescente.
Eva Schloss escreveu, em 1988, o livro "A História de Eva", que está sendo lançado no Brasil pela editora Record.
Sua narrativa continua no ponto em que Anne parou. Ela conta de forma crua sua passagem por Auschwitz, onde perdeu o pai e um irmão, e viu sua mãe escapar por pouco da câmara de gás.
Desde a semana passada, a autora está no país.
Hoje, em São Paulo, visita uma escola pública de Paraisópolis e assiste, no clube Hebraica, a uma leitura da peça "O Diário de Anne Frank", feita por Milton Gonçalves em sua homenagem.
Eva conta que, quando escreveu o livro, já não tinha a mesma descrença na humanidade, mas que jamais conseguiu entender por que pessoas comuns foram capazes de tamanha atrocidade.
Faz questão de tirar o casaco para mostrar a tatuagem no braço, sua identificação no campo de concentração.
"Foi o crime mais horrível já cometido pela humanidade, e as histórias precisam ser lembradas para que nunca mais se repita", diz.
por Marcelo Bortoloti
Folha de São Paulo - 18/11/10
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Novos livros disponíveis para empréstimo na biblioteca!
Elite da Tropa 2 - Luiz Eduardo Soares - Escrito pelo antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares - uma das maiores autoridades em segurança pública no Brasil - ao lado de três co-autores que conviveram de perto com a violência na cidade, é a continuação da obra que, lançada em 2006, foi um grande sucesso ao apresentar aos leitores, sob o ponto de vista da polícia, os detalhes das nossas selvagens guerrilhas urbanas. Agora, Elite da Tropa 2 mostra, por meio de uma narrativa fluída e reveladora, os bastidores das verdadeiras máfias brasileiras: as milícias. São histórias verdadeiras e fictícias - cabe ao leitor aplicar os adjetivos a cada episódio e personagem.
Caminhos da Lei - John Grisham
O autor retorna ao interior do Mississippi, local que serviu de cenário para o seu primeiro sucesso, "Tempo de Matar", para mostrar o confronto entre o conservadorismo da vida mediana e sentimentos como a ambição, o ciúme e o tédio, em dramas nada banais. O livro marca também a estreia de novo projeto gráfico para a obra de Grisham. Até o final deste ano, outros quatro livros do autor chegam às livrarias em nova edição.
As cores e hábitos do Sul norte-americano dão o tom à coletânea. A aparentemente pacata cidade de Clanton, com apenas dez mil habitantes, torna-se palco de ações surpreendentes, revelando meandros escusos do sistema judiciário e hábitos arraigados que servem apenas de disfarce para falsos moralismos.
Entre as histórias, uma matriarca presa a uma cadeira de rodas embarca em uma viagem para visitar seu caçula no corredor da morte; um advogado beberrão e desiludido de repente ganha uma chance de mudar de vida com um caso há muito esquecido; um analista de seguro se reinventa com uma máquina de jogar cartas; um trapaceiro que trabalha em asilos faz amizades com os velhos moradores para aplicar alguns golpes; um azarado advogado reencontra um velho caso e logo se vê envolvido em um perigoso ajuste de contas; um antigo morador retorna para casa na tentativa de viver placidamente seus últimos dias.
O autor retorna ao interior do Mississippi, local que serviu de cenário para o seu primeiro sucesso, "Tempo de Matar", para mostrar o confronto entre o conservadorismo da vida mediana e sentimentos como a ambição, o ciúme e o tédio, em dramas nada banais. O livro marca também a estreia de novo projeto gráfico para a obra de Grisham. Até o final deste ano, outros quatro livros do autor chegam às livrarias em nova edição.
As cores e hábitos do Sul norte-americano dão o tom à coletânea. A aparentemente pacata cidade de Clanton, com apenas dez mil habitantes, torna-se palco de ações surpreendentes, revelando meandros escusos do sistema judiciário e hábitos arraigados que servem apenas de disfarce para falsos moralismos.
Entre as histórias, uma matriarca presa a uma cadeira de rodas embarca em uma viagem para visitar seu caçula no corredor da morte; um advogado beberrão e desiludido de repente ganha uma chance de mudar de vida com um caso há muito esquecido; um analista de seguro se reinventa com uma máquina de jogar cartas; um trapaceiro que trabalha em asilos faz amizades com os velhos moradores para aplicar alguns golpes; um azarado advogado reencontra um velho caso e logo se vê envolvido em um perigoso ajuste de contas; um antigo morador retorna para casa na tentativa de viver placidamente seus últimos dias.
Do reencontro de velhos adversários nos tribunais a uma dívida inusitada a ser acertada nas mesas de blackjack, Grisham diversifica a forma, mantendo-se fiel ao conteúdo instigante de suas histórias e exibindo grande vigor literário.
O Advogado
John Grisham traz uma história centrada em Michael - profissional talentoso da gigantesca firma de advogados Drake & Sweeney, que num prazo de três anos se tornaria sócio. Porém, um encontro violento com um sem-teto e uma investigação fez com que ele descobrisse um segredo terrível.
Um segredo relacionado com a poderosa Drake & Sweeney. Ele sai da firma e leva um arquivo ultra-secreto... e se torna um ladrão.
A Intimação
Um grande mistério conduz a história de Ray Atlee, um advogado da Virgínia que atende a uma solicitação do juiz Reuben, seu pai. O velho juiz está doente e sabe que o fim se aproxima. Durante quarenta anos ele exerceu um razoável poder político na pequena cidade de Clanton, no Mississípi, mas depois de perder uma eleição para um candidato mais jovem passou a experimentar o ostracismo. De Maple Run, a mansão decadente onde vive, ele convoca os dois filhos para uma reunião, para discutir a administração de seus bens.
Forrest, o filho mais novo, tem 36 anos e ostenta o título de ovelha negra da família. Usou todo tipo de droga e mora no Menphis. Ray chega primeiro a Maple Run e encontra o pai morto no sofá, ao lado de um pacote de morfina. Sobre a escrivaninha, um testamento o coloca como inventariante na divisão dos parcos bens. Mas uma porta aberta do armário revela ao advogado uma fortuna em espécie, acondicionada em caixas de papel de carta. Ele esconde o achado de todos, inclusive do irmão, e tente descobrir a origem do dinheiro, pois o pai ganhava apenas 52 mil dólares por ano de pensão, e doava quase tudo à caridade.
Um grande mistério conduz a história de Ray Atlee, um advogado da Virgínia que atende a uma solicitação do juiz Reuben, seu pai. O velho juiz está doente e sabe que o fim se aproxima. Durante quarenta anos ele exerceu um razoável poder político na pequena cidade de Clanton, no Mississípi, mas depois de perder uma eleição para um candidato mais jovem passou a experimentar o ostracismo. De Maple Run, a mansão decadente onde vive, ele convoca os dois filhos para uma reunião, para discutir a administração de seus bens.
Forrest, o filho mais novo, tem 36 anos e ostenta o título de ovelha negra da família. Usou todo tipo de droga e mora no Menphis. Ray chega primeiro a Maple Run e encontra o pai morto no sofá, ao lado de um pacote de morfina. Sobre a escrivaninha, um testamento o coloca como inventariante na divisão dos parcos bens. Mas uma porta aberta do armário revela ao advogado uma fortuna em espécie, acondicionada em caixas de papel de carta. Ele esconde o achado de todos, inclusive do irmão, e tente descobrir a origem do dinheiro, pois o pai ganhava apenas 52 mil dólares por ano de pensão, e doava quase tudo à caridade.
O Recurso
O leitor já começa a trama dentro de um tribunal de Hattiesburg, Mississippi, à espera do retorno do júri após o término de um longo julgamento. Quando o júri volta com um surpreendente veredicto de 41 milhões de dólares contra KraneChemical Corporation, uma grande empresa química, considerada culpada por jogar substâncias tóxicas na água de Bowmore, uma pequena cidade em Cary County, é que Grisham, começa a mostrar ao leitor o quanto os ricos podem ser ainda mais gananciosos.
Os mocinhos da história são Wes e Mary Grace Payton, um casal de advogados que apostam tudo no mais comentado julgamento do Mississippi para ajudar uma jovem, que perdeu marido e filho, vítimas de câncer, causado pela água contaminada. Do outro lado,encontra-se Carl Trudeau, o bilionário CEO da Krane, inconformado por perder o julgamento e milhões de dólares.
John Grisham retrata a luta desesperada dos Payton para manter o veredicto enquanto enfrentam a máquina milionária de Trudeau e seus golpes baixos. À medida que recursos e petições são indeferidos ou aceitos, o leitor vai conhecendo um pouco mais da história de Jeannette Baker, a viúva, e sua cidade em vias de se tornar um local fantasma pela contaminação.
O leitor já começa a trama dentro de um tribunal de Hattiesburg, Mississippi, à espera do retorno do júri após o término de um longo julgamento. Quando o júri volta com um surpreendente veredicto de 41 milhões de dólares contra KraneChemical Corporation, uma grande empresa química, considerada culpada por jogar substâncias tóxicas na água de Bowmore, uma pequena cidade em Cary County, é que Grisham, começa a mostrar ao leitor o quanto os ricos podem ser ainda mais gananciosos.
Os mocinhos da história são Wes e Mary Grace Payton, um casal de advogados que apostam tudo no mais comentado julgamento do Mississippi para ajudar uma jovem, que perdeu marido e filho, vítimas de câncer, causado pela água contaminada. Do outro lado,encontra-se Carl Trudeau, o bilionário CEO da Krane, inconformado por perder o julgamento e milhões de dólares.
John Grisham retrata a luta desesperada dos Payton para manter o veredicto enquanto enfrentam a máquina milionária de Trudeau e seus golpes baixos. À medida que recursos e petições são indeferidos ou aceitos, o leitor vai conhecendo um pouco mais da história de Jeannette Baker, a viúva, e sua cidade em vias de se tornar um local fantasma pela contaminação.
Os livros estão disponíveis para empréstimo na Biblioteca Municipal "Professor Sebas".
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Grandes obras: A Montanha Mágica
A Montanha Mágica (no original em alemão Der Zauberberg) é um livro escrito por Thomas Mann em 1924. Um dos romances mais influentes da literatura mundial do século XX, foi importante para a conquista do Prêmio Nobel de Literatura em 1929 por Mann. É um exemplo clássico da literatura que os alemães classificam como Bildungsroman.
Sobre a obra, Malcolm Bradbury escreve:
"Seria, segundo ele [Mann], uma viagem à decadência; contudo, ele também a qualificou como a busca da ‘idéia do homem, o conceito de uma humanidade futura que vivenciou o mais profundo conhecimento da doença e da morte’...
Thomas Mann iniciou a escrita de "A montanha mágica" em 1912, o mesmo ano em que sua mulher Katharina Mann (Katia) foi internada num sanatório de Davos na Suíça, para se curar de uma tuberculose. O livro teria sido inspirado nesse episódio.
Em 1915, Thomas Mann interrompeu o seu trabalho no manuscrito, indeciso sobre o fim a dar ao romance. Nesta altura, Mann encontra-se em conflito com o irmão Heinrich Mann, um apoiante da França e dos aliados, que desprezava o espírito filisteu, provinciano, totalitário, acrítico dos alemães e de seu Kaiser Wilhelm II, como tinha ficado bem patente no seu romance "Der Untertan" (o súdito), publicado pouco antes do início da Guerra. Thomas Mann era, por contraponto ao irmão, nesta altura, (ainda) um espírito mais arreigado às suas raízes culturais e à sua pátria. Apenas mais tarde, na Segunda Guerra Mundial, Thomas Mann viria a adquirir um espírito mais crítico sobre a sua própria sociedade e cultura. Em "Reflexões de um homem não-político", de 1918, Thomas Mann defende a cultura alemã contra aquilo que ele afirma ser uma ideologia dogmática do ocidente. Como se disse, Thomas Mann iria mudar muito na Segunda Guerra Mundial, onde estará abertamente ao lado dessa suposta ideologia. Thomas Mann continuou a escrever "A montanha mágica" em 1919, já depois da guerra. Terminaria o romance apenas em 1924, ano da publicação. Entretanto, muitas observações dele sobre a experiência da Alemanha na República de Weimar tinham influenciado o livro.Às vezes apontado como um livro sem enredo, a obra trata da história de um jovem engenheiro naval alemão, de Hamburgo, chamado Hans Castorp. Ele visita o primo Joachim Ziemssen num sanatório destinado ao tratamento de doenças respiratórias localizado em Davos, nos Alpes suíços, pouco antes do começo da Primeira Guerra Mundial. Apesar de ser encaminhado ao sanatório apenas para uma visita e para tratar uma anemia, Hans Castorp vai aos poucos mostrando sinais de que tem tuberculose e acaba estendendo sua visita ao sanatório por meses e anos, pois sua saída é sempre adiada por causa da doença.
Nesse período, Castorp, pouco a pouco, afasta-se da vida "na planície" e conquista o que chama de liberdade da vida normal. Desliga-se do tempo, da carreira e da família e é atraído pela doença, pela introspecção e pela morte. Ao mesmo tempo, amadurece e trava contato mais profundo com a política, a arte, a cultura, a religião, a filosofia, a fragilidade humana (incluindo a morte e o suicídio), o caráter subjetivo do tempo (um dos temas mais importantes da obra) e o amor.
O sanatório forma um microcosmo europeu. Os numerosos personagens do livro, muitos com descrições e reflexões detalhadas, são representações de tendências e pensamentos que predominavam na europa do pré-guerra. Em particular os personagens Lodovico Settembrini (humanista e enciclopedista) e Leo Naphta (um jesuíta totalitário) representam o contraste entre idéias liberais e conservadoras, respectivamente.
Também se destacam o hedonista Mynheer Peeperkorn e Madame Clawdia Chauchat, por quem Castorp desenvolve interesse romântico e sutilmente sensual.
A subjetividade do tempo abordada por Mann reflete-se na estrutura do livro. A narrativa é ordenada cronologicamente, mas acelera ao longo do romance. Desse modo, os primeiros cinco capítulos relatam apenas o primeiro dos anos de Castorp no sanatório, em grande detalhe. Os restantes seis anos, marcados pela monotonia e pela rotina, são descritos nos últimos dois capítulos. Essa assimetria corresponde à própria percepção distorcida de Castorp quanto à passagem do tempo.
No final da narrativa, inicia-se a Primeira Guerra, Castorp une-se às fileiras do exército, e sua morte iminente no campo de batalha é sugerida. Apesar do processo de amadurecimento do personagem ao longo do livro, não está claro, no final, se ele formou uma sólida individualidade, e sua última aparição se dá como um soldado anônimo, entre milhares, em um campo de batalha qualquer da Primeira Guerra Mundial.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Notícia da semana: Este homem merece ser censurado?
A absurda tentativa de banir um livro infantil de Monteiro Lobato das escolas sob a acusação de racismo
Como qualquer fábula, as de Monteiro Lobato (1882-1948) apresentam seres encantados, bichos falantes e situações inverossímeis. Foram escritas para despertar na criança o gosto pela leitura e fecundar a imaginação. Desde a década de 1920, as histórias do criador do Sítio do Picapau Amarelo têm sido adotadas nas escolas públicas de todo o país. Agora, o Conselho Nacional de Educação acolheu uma acusação de racismo contra uma dessas fábulas e pode baní-la das salas de aula por, de acordo com essa acusação, não "se coadunar com as políticas públicas para uma educação antirracista".
Ficar sem Monteiro Lobato é evidentemente ruim para as crianças - mas proibí-lo é pior ainda para o Brasil.
Quem levantou a questão foi Antonio Gomes da Costa Neto, servidor da Secretaria de Educação do Distrito Federal e mestrando na Universidade de Brasília (UnB) na área de relações internacionais. Ele fez uma denúncia à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial afirmando que o livro "Caçadas de Pedrinho" tem passagens que incitam o preconceito contra os negros. O caso foi encaminhado ao Conselho Nacional de Educação (CNE), do Ministério da Educação. Uma das passagens citadas por Costa Neto é a descrição da cena em que Tia Nastácia, personagem negra, sobe numa árvore "que nem uma macaca de carvão". Outra, quando a boneca Emília, ao advertir sobre a gravidade de uma guerra das onças contra os moradores do Sítio do Picapau Amarelo, diz: "Não vai escapar ninguém - nem Tia Nastácia, que tem carne preta".
Para o ministro da Secretaria de Igualdade Racial, Elói Ferreira de Araújo, o conteúdo de Lobato deve ser considerado "racista"e "perverso". Ainda que não leve uma criança a desenvolver comportamentos racistas, diz Araújo, ele fere a autoestima dos negros. "Para nós, que temos orgulho em ter a pele negra e o cabelo crespo, é duro ler que uma negra subiu (numa árvore) que nem uma macaca", diz. Mesmo assim, Araújo afirma ser contra o veto à obra de Lobato. "Podemos negar 380 anos de escravidão? Não. Por isso, o debate é saudável", diz. Ao mesmo tempo que as crianças conhecem a obra, percebem que a sociedade caminha em passos expressivos, combatendo o racismo e a discriminação."
A impossibilidade de negar a história é um dos motivos que fazem a professora Nelly Novaes Coelho considerar a ideia do veto à obra de Lobato uma "tolice". Estudiosa de autores dedicados ao público infantojuvenil, ela diz que literatura tem como uma das funções explorar a realidade. "A história brasileira tem a escravidão por base. Isso levou a um preconceito muito fundo e não se pode passar a borracha nisso nem colocar dentro de um armário e fechá-lo."
O Ministério da Educação anunciou que vai pedir ao CNE que reveja o parecer. Reduzir a obra de Monteiro Lobato ao que ela possa conter de racista - e, por isso, proibí-la - é incorrer em vários erros. O primeiro (e mais evidente) é supor que os jovens leitores são desprovidos de qualquer senso crítico e levarão ao pé da letra o que foi escrito, como se o efeito das palavras sobre seu caráter fosse definitivo. "Estão subestimando as crianças", diz o psicanalista Mario Corso, autor de "Fadas no divã". "Se ela se tornar mesmo racista, não será por causa da literatura, mas por causa dos pais ou do ambiente."
O racismo de Lobato é bastante discutível. Em várias ocasiões, ele valorizou a preciosa contribuição dos negros à cultura brasileira. O conto "Negrinha" é uma denúncia contra a elite que, nos anos 20, ainda estava saudosa da escravidão.
O maior erro da campanha contra o livro de Lobato é importar para a realidade brasileira a visão tosca e simplista dos defensores do "politicamente correto" nos Estados Unidos.
No Brasil, Lobato é atacado desde a década de 1940, quando seus livros eram classificados como propaganda comunista. "Diziam que, com o sítio, ele queria criar o Estado Stalinista", diz Ilan Brenman, pesquisador da obra de Monteiro Lobato. Segundo ele, Lobato foi acusado até de deformar o caráter das crianças. Condenado a seis meses de prisão durante a ditadura de Getúlio Vargas, Lobato foi perseguido pelo então procurador da Província de São Paulo, Clóvis Cruel de Morais, que pediu ao Estado que apreendesse todos os exemplares da obra "Peter Pan". "Alegou-se que o texto incutia um sentimento de inferioridade nas crianças brasileiras porque falavam bem da Inglaterra", diz Brenman. Emília era vista como uma ameaça a família brasileira, por subverter a hierarquia numa sociedade patriarcal, em que um menor jamais podia contestar os adultos. A desaforada Emília era a imagem da rebeldia.
"Se não tomarmos cuidado, Emília corre o risco de se tornar uma Barbie bem-comportada, de aparência impecável, ou, simplesmente, de ser calada para sempre", diz Brenman.
No aparecer apresentado ao Conselho Nacional da Educação, pela Secretaria da Educação do Distrito Federal, como justificativa para o veto a "Caçadas de Pedrinho", a professora Nilma Lino Gomes, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que a obra faz "menção revestida de esteriotipia ao negro e ao universo africano, que se repete em vários trechos". Nilma diz que não teve como objetivo vetar a obra de Monteiro Lobato. "Reconhecemos a importância de um clássico e da obra em questão. Não queremos impor nenhum tipo de patrulha, mas precisamos ser coerentes com os avanços da nossa legislação no tocante às relações raciais e à educação", afirma.
Para Marcia Camargos, coautora da biografia ilustrada "Monteiro Lobato - Furacão na Botocúndia", o livro "Caçadas de Pedrinho" serve justamente como oportunidade para as crianças terem acesso a esse debate.
"Entender aquele contexto social é uma forma de evitar erros no presente e no futuro", diz ela. "Monteiro Lobato acreditava que a criança é um ser autônomo, com capacidade de discernir, e procurava estimular o senso crítico."
De acordo com Mauro Palermo, diretor da Globo Livros, a editora que publica a obra de Lobato, ele sempre instigou a reflexão em seus textos. "Isso vale tanto para sua obra infantil quanto para a adulta", diz Palermo. "Em vez de proibir qualquer uma de suas obras, parece-me melhor estimular uma leitura crítica por parte das crianças, aproveitando a oportunidade para mostrar como nascem e se constroem preconceitos. Se queremos contribuir para a formação de cidadãos críticos, não devemos fugir de questões polêmicas. Devemos enfrentá-las." Num de seus aforismos mais citados, Lobato afirma que "um país se faz com homens e livros". Durante toda a vida, escreveu livros para formar homens. Certamente, não se reconheceria em um país que pretende formar seus futuros cidadãos vetando o acesso a livros.
por Celso Masson, Humberto Maia Junior e Rodrigo Turrer
Revista Época - 10/11/10
Como qualquer fábula, as de Monteiro Lobato (1882-1948) apresentam seres encantados, bichos falantes e situações inverossímeis. Foram escritas para despertar na criança o gosto pela leitura e fecundar a imaginação. Desde a década de 1920, as histórias do criador do Sítio do Picapau Amarelo têm sido adotadas nas escolas públicas de todo o país. Agora, o Conselho Nacional de Educação acolheu uma acusação de racismo contra uma dessas fábulas e pode baní-la das salas de aula por, de acordo com essa acusação, não "se coadunar com as políticas públicas para uma educação antirracista".
Ficar sem Monteiro Lobato é evidentemente ruim para as crianças - mas proibí-lo é pior ainda para o Brasil.
Quem levantou a questão foi Antonio Gomes da Costa Neto, servidor da Secretaria de Educação do Distrito Federal e mestrando na Universidade de Brasília (UnB) na área de relações internacionais. Ele fez uma denúncia à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial afirmando que o livro "Caçadas de Pedrinho" tem passagens que incitam o preconceito contra os negros. O caso foi encaminhado ao Conselho Nacional de Educação (CNE), do Ministério da Educação. Uma das passagens citadas por Costa Neto é a descrição da cena em que Tia Nastácia, personagem negra, sobe numa árvore "que nem uma macaca de carvão". Outra, quando a boneca Emília, ao advertir sobre a gravidade de uma guerra das onças contra os moradores do Sítio do Picapau Amarelo, diz: "Não vai escapar ninguém - nem Tia Nastácia, que tem carne preta".
Para o ministro da Secretaria de Igualdade Racial, Elói Ferreira de Araújo, o conteúdo de Lobato deve ser considerado "racista"e "perverso". Ainda que não leve uma criança a desenvolver comportamentos racistas, diz Araújo, ele fere a autoestima dos negros. "Para nós, que temos orgulho em ter a pele negra e o cabelo crespo, é duro ler que uma negra subiu (numa árvore) que nem uma macaca", diz. Mesmo assim, Araújo afirma ser contra o veto à obra de Lobato. "Podemos negar 380 anos de escravidão? Não. Por isso, o debate é saudável", diz. Ao mesmo tempo que as crianças conhecem a obra, percebem que a sociedade caminha em passos expressivos, combatendo o racismo e a discriminação."
A impossibilidade de negar a história é um dos motivos que fazem a professora Nelly Novaes Coelho considerar a ideia do veto à obra de Lobato uma "tolice". Estudiosa de autores dedicados ao público infantojuvenil, ela diz que literatura tem como uma das funções explorar a realidade. "A história brasileira tem a escravidão por base. Isso levou a um preconceito muito fundo e não se pode passar a borracha nisso nem colocar dentro de um armário e fechá-lo."
O Ministério da Educação anunciou que vai pedir ao CNE que reveja o parecer. Reduzir a obra de Monteiro Lobato ao que ela possa conter de racista - e, por isso, proibí-la - é incorrer em vários erros. O primeiro (e mais evidente) é supor que os jovens leitores são desprovidos de qualquer senso crítico e levarão ao pé da letra o que foi escrito, como se o efeito das palavras sobre seu caráter fosse definitivo. "Estão subestimando as crianças", diz o psicanalista Mario Corso, autor de "Fadas no divã". "Se ela se tornar mesmo racista, não será por causa da literatura, mas por causa dos pais ou do ambiente."
O racismo de Lobato é bastante discutível. Em várias ocasiões, ele valorizou a preciosa contribuição dos negros à cultura brasileira. O conto "Negrinha" é uma denúncia contra a elite que, nos anos 20, ainda estava saudosa da escravidão.
O maior erro da campanha contra o livro de Lobato é importar para a realidade brasileira a visão tosca e simplista dos defensores do "politicamente correto" nos Estados Unidos.
No Brasil, Lobato é atacado desde a década de 1940, quando seus livros eram classificados como propaganda comunista. "Diziam que, com o sítio, ele queria criar o Estado Stalinista", diz Ilan Brenman, pesquisador da obra de Monteiro Lobato. Segundo ele, Lobato foi acusado até de deformar o caráter das crianças. Condenado a seis meses de prisão durante a ditadura de Getúlio Vargas, Lobato foi perseguido pelo então procurador da Província de São Paulo, Clóvis Cruel de Morais, que pediu ao Estado que apreendesse todos os exemplares da obra "Peter Pan". "Alegou-se que o texto incutia um sentimento de inferioridade nas crianças brasileiras porque falavam bem da Inglaterra", diz Brenman. Emília era vista como uma ameaça a família brasileira, por subverter a hierarquia numa sociedade patriarcal, em que um menor jamais podia contestar os adultos. A desaforada Emília era a imagem da rebeldia.
"Se não tomarmos cuidado, Emília corre o risco de se tornar uma Barbie bem-comportada, de aparência impecável, ou, simplesmente, de ser calada para sempre", diz Brenman.
No aparecer apresentado ao Conselho Nacional da Educação, pela Secretaria da Educação do Distrito Federal, como justificativa para o veto a "Caçadas de Pedrinho", a professora Nilma Lino Gomes, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que a obra faz "menção revestida de esteriotipia ao negro e ao universo africano, que se repete em vários trechos". Nilma diz que não teve como objetivo vetar a obra de Monteiro Lobato. "Reconhecemos a importância de um clássico e da obra em questão. Não queremos impor nenhum tipo de patrulha, mas precisamos ser coerentes com os avanços da nossa legislação no tocante às relações raciais e à educação", afirma.
Para Marcia Camargos, coautora da biografia ilustrada "Monteiro Lobato - Furacão na Botocúndia", o livro "Caçadas de Pedrinho" serve justamente como oportunidade para as crianças terem acesso a esse debate.
"Entender aquele contexto social é uma forma de evitar erros no presente e no futuro", diz ela. "Monteiro Lobato acreditava que a criança é um ser autônomo, com capacidade de discernir, e procurava estimular o senso crítico."
De acordo com Mauro Palermo, diretor da Globo Livros, a editora que publica a obra de Lobato, ele sempre instigou a reflexão em seus textos. "Isso vale tanto para sua obra infantil quanto para a adulta", diz Palermo. "Em vez de proibir qualquer uma de suas obras, parece-me melhor estimular uma leitura crítica por parte das crianças, aproveitando a oportunidade para mostrar como nascem e se constroem preconceitos. Se queremos contribuir para a formação de cidadãos críticos, não devemos fugir de questões polêmicas. Devemos enfrentá-las." Num de seus aforismos mais citados, Lobato afirma que "um país se faz com homens e livros". Durante toda a vida, escreveu livros para formar homens. Certamente, não se reconheceria em um país que pretende formar seus futuros cidadãos vetando o acesso a livros.
por Celso Masson, Humberto Maia Junior e Rodrigo Turrer
Revista Época - 10/11/10
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Leitor da semana: Calebe Góes Martins
O leitor da semana na Biblioteca Municipal "Professor Sebas" é o Calebe Góes Martins. Ele tem 12 anos de idade e se tornou sócio em outubro deste ano. Desde então, Calebe vem quase que diariamente à biblioteca para ler gibis e para usar a internet.
A importância da biblioteca em sua vida é fundamental, já que o sonho de Calebe é se tornar um grande escritor.
"Gosto de ler livros importantes", diz ele.
Os livros que mais gosta de ler são os que possuem histórias de detetive, como mostra abaixo a indicação dele para os leitores do blog da biblioteca.
'Um estudo em vermelho' é a primeira história de Sherlock Holmes e o primeiro livro publicado por Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930). Muito menos do que um livro de estréia, esta história nasceu clássica, com seu ritmo vertiginoso de suspense e mistério que consagraria seu protagonista Sherlock Holmes como o mais apaixonante e popular detetive da história da literatura. 'Um estudo em vermelho' propõe um enigma terrível e invencível para a polícia, que pede auxílio a Holmes - um homem é encontrado morto, sem ferimentos e cercado de manchas de sangue. Em seu rosto uma expressão de pavor. Um caso para Sherlock Holmes e suas fascinantes deduções narrado por seu amigo Dr. Watson, interlocutor sempre atento e não raro maravilhado com a inteligência e talento do detetive.
A importância da biblioteca em sua vida é fundamental, já que o sonho de Calebe é se tornar um grande escritor.
"Gosto de ler livros importantes", diz ele.
Os livros que mais gosta de ler são os que possuem histórias de detetive, como mostra abaixo a indicação dele para os leitores do blog da biblioteca.
'Um estudo em vermelho' é a primeira história de Sherlock Holmes e o primeiro livro publicado por Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930). Muito menos do que um livro de estréia, esta história nasceu clássica, com seu ritmo vertiginoso de suspense e mistério que consagraria seu protagonista Sherlock Holmes como o mais apaixonante e popular detetive da história da literatura. 'Um estudo em vermelho' propõe um enigma terrível e invencível para a polícia, que pede auxílio a Holmes - um homem é encontrado morto, sem ferimentos e cercado de manchas de sangue. Em seu rosto uma expressão de pavor. Um caso para Sherlock Holmes e suas fascinantes deduções narrado por seu amigo Dr. Watson, interlocutor sempre atento e não raro maravilhado com a inteligência e talento do detetive.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Dica do funcionário - 1808
A dica do funcionário dessa semana é da Fatinha. Ela indica o livro 1808, de Laurentino Gomes.
A fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro ocorreu num dos momentos mais apaixonantes e revolucionários do Brasil, de Portugal e do mundo!
Guerras napoleônicas, revoluções republicanas, escravidão formaram o caldo no qual se deu a mudança da corte portuguesa e sua instalação no Brasil.
O propósito deste maravilhoso livro, resultado de dez anos de investigação jornalística, é resgatar e contar de forma acessível a história da corte lusitana no Brasil e tentar devolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás.
Escrito por um dos mais influentes jornalistas da atualidade, 1808 é o relato real e definitivo sobre um dos principais momentos da história brasileira.
A fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro ocorreu num dos momentos mais apaixonantes e revolucionários do Brasil, de Portugal e do mundo!
Guerras napoleônicas, revoluções republicanas, escravidão formaram o caldo no qual se deu a mudança da corte portuguesa e sua instalação no Brasil.
O propósito deste maravilhoso livro, resultado de dez anos de investigação jornalística, é resgatar e contar de forma acessível a história da corte lusitana no Brasil e tentar devolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás.
Escrito por um dos mais influentes jornalistas da atualidade, 1808 é o relato real e definitivo sobre um dos principais momentos da história brasileira.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Grandes autores: Paulo Coelho
Paulo Coelho (Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1947) é um escritor, filósofo, produtor musical e letrista brasileiro.
Nascido numa família de classe média, aos sete anos Paulo Coelho ingressa em um colégio jesuíta da então capital do Brasil, o Rio de Janeiro.
Desde muito novo, gostava de escrever e mantinha um diário. No colégio, participava de concursos de poesia e cursos de teatro. No entanto, seu pai queria que ele fosse engenheiro, e sua mãe desestimulava Paulo a seguir a carreira de escritor. As brigas com os pais eram constantes e Paulo teve muitas crises de depressão e raiva na adolescência, tendo sido internado três vezes em uma clínica de repouso, onde foi tratado por psicólogos.
Na década de 1960 entra para o mundo do teatro, como diretor e ator, criando peças voltadas ao teatro experimental e de vanguarda, mas obtendo pouca expressividade. No início da década seguinte, em 1970, Paulo entra de cabeça no movimento hippie, ao mesmo tempo em que conhece o mundo das drogas e do ocultismo, incluíndo o chamado Caminho da Mão Esquerda. Profissionalmente, além de diretor e ator teatral, exerce também a função de jornalista em publicações alternativas com as revistas "A Pomba" e "2001", quando em 1972 conhece Raul Seixas, então executivo da gravadora CBS. Os dois se tornam parceiros em diversas músicas que exerceriam influência no rock brasileiro (consta na biografia de Paulo Coelho, "O Mago", do escritor Fernando Morais, que Raul Seixas, para incentivar o amigo a compor, colocou-o como parceiro em sua participação na trilha sonora da novela O Rebu da Rede Tupi - erroneamente confundida com a Rede Globo no livro - sem que Paulo escrevesse uma única linha). Nessa época, Paulo Coelho envolve-se com Marcelo Motta e torna-se um seguidor de Aleister Crowley e da chamada "Sociedade Alternativa", que apresenta a Raul e da qual se desliga pouco tempo depois de ingressar oficialmente com o pseudônimo de Luz Eterna. Compõe também para diversos intérpretes, tais como Elis Regina, Rita Lee e Rosana Fiengo.
Seu fascínio pela busca espiritual, que data da época em que, como hippie, viajava pelo mundo, resultou numa série de experiências em sociedades secretas, religiões orientais, etc.
A edição do seu primeiro livro foi em 1982, Arquivos do Inferno, que não teve repercussão desejada. Lançou o seu segundo livro O Manual Prático do Vampirismo em 1985, que logo mandou recolher considerando o trabalho de má qualidade. Conforme suas próprias palavras, confessa: “O mito é interessante, o livro é péssimo”.
Em 1986, Paulo Coelho fez a viagem de peregrinação pelo Caminho de Santiago. Percorreu quase 700 quilômetros a pé do sul da França até a cidade de Santiago de Compostela na Galiza, experiência que relata em detalhes no livro O Diário de um Mago, editado em 1987. No ano seguinte, publicou O Alquimista, que - apesar de sua lenta vendagem inicial, o que provocou a desistência do seu primeiro editor - se transformaria no livro brasileiro mais vendido em todos os tempos; O Alquimista é um dos mais importantes fenômenos literários do século XX. Chegou ao primeiro lugar da lista dos mais vendidos em 18 países e vendeu, até o momento, 41 milhões de exemplares.
Nos anos subsequentes foram lançados os seguintes livros : Brida (1990), As Valkírias (1992), Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei (1994), Maktub (1994), O Monte Cinco (1996), Manual do Guerreiro da Luz (1997), Veronika Decide Morrer (1998), O Demônio e a Srtª Prym (2000), Histórias para Pais, Filhos e Netos (2001), Onze Minutos (2003), O Gênio e as Rosas (2004), O Zahir (2005) e A Bruxa de Portobello (2006) (2005) e O vencedor está só (2008)
Como escritor, apesar ds críticas, ocupa as primeiras posições no ranking dos livros mais vendidos no mundo. Vendeu, até hoje, um total de 100 milhões de livros, em mais de 150 países, tendo suas obras traduzidas para 66 idiomas e sendo o autor mais vendido em língua portuguesa de todos os tempos, ultrapassando até mesmo Jorge Amado, cujas vendas somam 54 milhões de livros.
Sua obra O Zahir foi lançada primeiramente no Irã, para que lá pudesse ser registrada como obra local e que fossem processados aqueles que fizessem cópias ilegais do livro em língua persa. Para escrever O Zahir, Paulo Coelho instalou-se por uma temporada no Casaquistão, país onde a obra se desenvolve.
No fim de 2006 o autor lançou A Bruxa de Portobello, que figura na lista dos mais vendidos no Brasil desde então. A história é construída apenas por depoimentos das personagens fictícias a respeito da protagonista da história, respeitando a parcialidade de cada uma.
Paulo Coelho escreve seus livros em um apartamento na Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, e possui uma casa para retiro na França, na região dos Pireneus.
Em 2007, Paulo Coelho fez uma partipação na novela Eterna Magia, representando Mago Simon, representação humana do grande Dagda, deus supremo da mitologia celta.
Em 2008, lançou o livro O vencedor está só, que fala sobre uma série de assassinatos no Festival de Cinema de Cannes, nesse livro, Paulo faz uma forte critica social sobre como a elite se comporta e como somos manipulados por suas ações, esse é o primeiro livro em que Paulo sai do mundo da magia e da religiosidade e entra no mundo do suspense policial, o tema não agradou boa parte dos fãs, mas isso não fez com que o livro também não fosse um sucesso.
Em 2009, é lançado no Brasil, o filme Veronika Decides to Die, o primeiro filme baseado numa obra de Paulo Coelho, o filme recebeu fortes críticas negativas, afirmando que o roteiro se distancia demais do livro. Vale lembrar que Paulo Coelho nada teve a ver com a adaptação do livro para filme. Existe um projeto para transformar em filme o Best-Seller O Alquimista. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Em agosto de 2010 lançou o livro Aleph que desde então é o líder de vendas no país.
Academia Brasileira de Letras
Não deixou de causar grande surpresa sua eleição, em 25 de julho de 2002, para a academia. A instituição tinha um histórico de rejeitar autores de sucesso, ditos "populares" - e dela ficaram fora Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Mário Quintana e outros tantos autores reconhecidos.
Mas o autor, que se candidatara outras vezes, foi eleito em 25 de julho de 2002 na sucessão de Roberto Campos e recebido em 28 de outubro de 2002 pelo acadêmico Arnaldo Niskier como o oitavo ocupante da cadeira 21, cujo patrono é Joaquim Serra.
Mensageiro da Paz
Em setembro de 2007, a ONU nomeou o escritor Paulo Coelho seu novo Mensageiro da Paz, ao lado da princesa jordaniana, Haya, do maestro argentino-israelense Daniel Barenboim e da violinista japonesa Midori Goto. O anúncio foi feito durante a cerimônia de comemoração do Dia Internacional da Paz na sede da ONU em Nova Iorque presidida pelo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon.
"Aceito com gosto esta responsabilidade e me comprometo a fazer o máximo para melhorar o futuro desta e das próximas gerações", declarou o escritor brasileiro ao saber de sua nomeação. Os Mensageiros da Paz são designados pessoalmente pelo secretário-geral das Nações Unidas, com base em seu trabalho em campos como artes plásticas, literatura ou esporte, e seu compromisso de colaborar com os objetivos da ONU.
Carreira
No cinema
1973 - Os mansos
Projetos Musicais
Músicas com Raul Seixas
Canto para minha morte
Eu nasci há dez mil anos atrás
Gita
Al Capone
Sociedade Alternativa
A maçã
Medo da chuva
Eu também vou reclamar
As minas do Rei Salomão
Tu és o MDC da minha vida
Como vovó já dizia (óculos escuros)
Não pare na pista
Tente outra vez
Meu Amigo Pedro
A Hora do Trem Passar
Rockixe
Se o rádio não toca
Ave Maria da Rua
O Homem
Quando Você Crescer
Judas
A Verdade Sobre a Nostalgia
Rock do Diabo
Cachorro Urubu
Super Heróis
Moleque Maravilhoso
Cantiga de Ninar
Os Números
Magia de Amor
Loteria de Babilônia
As Profecias
A versão da música em português "I will Survive", cantada pela Vanusa, "Eu Sobrevivo", foi Composta por ele. Além da versão de "Sou Rebelde" , "Soy Rebelde", clássico dos anos 70.
Livros de Paulo Coelho que estão disponíveis na biblioteca para empréstimo
O diário de um mago (1987)
O Alquimista (1988)
Brida (1990)
As valkírias (1992) (publicado em Portugal com o título As Valquírias)
Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei (1994)
O Monte Cinco (1996)
Veronika decide morrer (1998)
O demônio e a Srta. Prym (2000)
Onze minutos (2003)
O Zahir (2005)
A Bruxa de Portobello (2006)
O vencedor está só (2008)
O Aleph (2010)
Compilações
Maktub (1994) - Compilação de suas melhores colunas publicadas na Folha de São Paulo
Frases (1995) - Compilação das melhores frases de 5 livros de Paulo Coelho
O manual do guerreiro da luz (1997) - Compilação de textos para nos fazer lembrar que em cada um de nós vive um guerreiro da luz
Histórias para pais, filhos e netos (2001) - Compilação de contos tradicionais
Ser Como O Rio Que Flui (2009) - reunião de textos e pensamentos
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